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"Reparações e Outras Penitências Históricas"
«A questão das reparações enuncia?se em poucas palavras: deve o Portugal de hoje reparar as consequências de ações que consideramos atualmente erradas ou, até, criminosas de distantes súbditos ou cidadãos do Portugal monárquico ou republicano?»

Decorridos 158 anos desde que o último navio negreiro aportou a Cuba, deverá Portugal dizer sim às reparações pela existência de um tráfico que foi feito em parceria com os africanos, e que terminou graças aos esforços dos povos ocidentais (portugueses incluídos), ou deverá recusá-las firmemente?
Deveremos pagar indemnizações a populações afrodescendentes que se consideram vítimas das atuações erradas ou criminosas de distantes antepassados nossos, ou essa é uma obrigação que não nos cabe?
E deveremos permitir que se introduzam no nosso ensino narrativas tendentes a flagelar a memória dos Descobrimentos, ou há que reagir fortemente contra isso?
Este livro é, na Guerra e Paz, o quarto round do combate que João Pedro Marques trava contra a visão woke do mundo – que, com a pretensão de corrigir injustiças presentes e passadas, não se coíbe de deformar a História e de ignorar a verdade para atingir os seus fins.

João Pedro Marques nasceu em Lisboa, em 1949. Foi professor do ensino secundário, investigador do Instituto de Investigação Científica Tropical e, de 2007 a 2008, presidente do Conselho Científico desse mesmo instituto. Doutorou-se em História pela Universidade Nova de Lisboa, onde, na década de 1990, leccionou a cadeira de História de África. Escreveu dezenas de artigos e livros como Portugal e a Escravatura dos Africanos, The Sounds of Silence: Nineteenth century Portugal and the Abolition of the Slave Trade e Revoltas Escravas: Mistificações e Mal-Entendidos, entre outros. É um especialista de créditos firmados e renome mundial em história da escravatura e da sua abolição. É, ainda, colunista regular em jornais diários e autor de sete romances.