Notícias
acorda, uma nova editora pelo papel e contra a corrente
Chama-se acorda e é uma nova editora, sediada em Tomar, que, fazendo jus aos melhores princípios da literatura, tem uma leitura polissémica: a corda, que se acomoda no símbolo gráfico e no lema “livros com fibra”; mas também o imperativo do verbo acordar.
E se a primeira acepção, com várias declinações, se aplica àquilo que vai ser o funcionamento deste projecto, incluindo a ideia de estendal; a segunda é uma clara homenagem, e piscadela de olho, a uma das maiores figuras da cultura portuguesa do século XX, o compositor Fernando Lopes-Graça, que nasceu na cidade nabantina faz dia 17 de dezembro precisamente 119 anos.
Ora, uma das mais portentosas peças de Lopes-Graça é o “Acordai”, uma das Canções Heróicas, cuja intensidade musical associada ao impactante poema de José Gomes Ferreira fazem dela um verdadeiro hino de resistência.
Isto porque acorda é também, antes de mais, um projecto de resistência do papel enquanto veículo primordial da leitura, do livro à plaquete, ao folheto ou à carta. E criar uma nova editora, hoje em dia, só faz sentido contra a corrente.
O livro de estreia vai ser “A poesia”, de Nuno Garcia Lopes, que reúne em 416 páginas a obra publicada e inédita, neste género literário, daquele autor, com paginação e design de Madalena Garcia Chaveiro e ilustração de Catarina Garcia Marques. O lançamento ocorrerá dia 27 de novembro, pelas 21 horas, no Cine-Teatro Paraíso, em Tomar, integrado no espectáculo “Outonar”, que celebra os 30 anos da estreia em livro do poeta e no qual artistas de várias áreas irão interpretar algumas das suas obras.
Seguir-se-ão apresentações no Entroncamento e na Sertã, em Dezembro e, em Janeiro, em Lisboa e Alcanena.
O livro está em pré-venda com 20% de desconto até 26 de novembro, podendo ser pedido para acordaeditora@gmail.com

