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RESTAURO DO MOSTEIRO DE LANDIM
As obras de restauro da Igreja do Mosteiro de Landim e de reabilitação respectivo adro constituíram “motivo de alegria e de grande consolação” para o arcebispo primaz de Braga, D. Jorge Ortiga, que, no último sábado, participou na cerimónia de inauguração, ao lado do presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão, Armindo Costa.
As obras de restauro da Igreja do Mosteiro de Landim e de reabilitação respectivo adro constituíram “motivo de alegria e de grande consolação” para o arcebispo primaz de Braga, D. Jorge Ortiga, que, no último sábado, participou na cerimónia de inauguração, ao lado do presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão, Armindo Costa. “Fizemos aqui o maior investimento de sempre na recuperação do património edificado do concelho, num total superior a 600 mil euros, o que revela uma aposta estratégica na preservação da memória e identidade de Vila Nova de Famalicão e do país”, afirmou o líder do município.
“Investir no património com qualidade, como se fez aqui em Landim, é assumir uma responsabilidade histórica”, frisou D. Jorge Ortiga, que também é presidente da Conferência Episcopal Portuguesa, elogiando todos os organismos que permitiram “dar vida nova a um espaço que, apesar de ter muitos anos, não envelheceu”.
A requalificação da Igreja do Mosteiro de Landim – um imóvel medieval classificado como de interesse público - e do adro envolvente implicou um investimento total de 602 mil euros, verba resultante de uma parceria liderada pela Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão, que integrou o Ministério da Cultura (através da Direcção Regional dos Edifícios e Monumentos Nacionais do Norte) e a Fábrica da Igreja Paroquial de Santa Maria de Landim, tendo cada um destes organismos comparticipado com 70 mil euros, sendo a verba restante (392 mil euros) garantida por fundos comunitários. A Junta de Freguesia de Landim foi também parte activa num processo de demorou vários anos.
“Com as obras que fizemos aqui, reabilitando a Igreja e o espaço envolvente, o município de Vila Nova de Famalicão dá ao país um sinal da sua consciencialização colectiva para a preservação do património”, afirmou, por seu lado, o presidente da Câmara Municipal, Armindo Costa, que, num dia de festa para Landim, elogiou “o trabalho rigoroso desenvolvido pelos técnicos da Direcção Geral de Edifícios e Monumentos Nacionais”.
Segundo Armindo Costa, “a recuperação agora realizada vai ficar para a história da Igreja do Mosteiro de Landim pelos aspectos positivos de protecção e valorização conseguidos aos mais variados níveis e que são visíveis a todos”. E adiantou: “Era um anseio antigo. Era algo que já era reivindicado há muitos anos, não só pela população de Landim, mas por toda a população do concelho de Vila Nova de Famalicão, que reconhece a importância desta Igreja e deste Mosteiro. Infelizmente essa intervenção de recuperação demorou a ser efectuada. Mas logo que assumi a presidência da Câmara Municipal, em 2002, não descansei enquanto não fosse encontrada uma solução.”
O modelo de financiamento encontrado - que assentou numa parceria que envolveu a Câmara Municipal, a Direcção Geral de Edifícios e Monumentos Nacionais, a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte e a Fábrica da Igreja da Paróquia de Landim –foi apontado pelo autarca como “uma parceria exemplar e bem sucedida”.
A empreitada envolveu um conjunto de obras diversas, tendo em vista a conservação e valorização geral do imóvel. Assim, foram efectuadas obras de conservação da torre sineira, com a limpeza da pedra e instalação de um sistema electrostático anti-pombos. Para além da instalação eléctrica foram ainda intervencionadas as coberturas da igreja, com a substituição da telha, e tratados os pavimentos e os tectos.
Foram requalificados os espaços exteriores com a pavimentação da Alameda do Mosteiro, a regularização de águas pluviais, a plantação de árvores e colocação de relva. Isto, para além da instalação de iluminação pública, com colunas verticais e projectores de solo direccionados para o Mosteiro.
No que diz respeito a obras de conservação e restauro, foi tratado todo o património azulejar, os retábulos da nave lateral, da capela-mor e do arco do cruzeiro. Aqui, o restauro envolveu também a talha. Foram restaurados os elementos decorativos do coro alto e pintados os anjos músicos e os murais.