"É de Cultura como instrumento para a felicidade, como arma para o civismo, como via para o entendimento dos povos que vos quero falar"

Ateliers, Cursos e "Workshops"

"As Oito Rainhas - A força de grandes mulheres ao longo da nossa História"

Curso orientado por Isabel Stilwell.

16 Abr a 14 Mai 2019

El Corte Inglés de Lisboa
Av. António Augusto de Aguiar, 31 - Piso 6 . 1069-413

Não tenhamos ilusões: as princesas eram, antes de mais, peças de uma estratégia diplomática, braços do poder das suas famílias, com pouca ou nenhuma liberdade na escolha do seu destino.

Dito isto, tinham (ou não, conforme os casos) uma força interior, uma determinação própria e uma personalidade única que lhes permitiu superar as circunstâncias da sua vida, usando o lugar único a que ascendiam — o de rainhas — de uma maneira extraordinária.

O objetivo deste curso é apresentar oito destas mulheres, cujo papel, dentro e fora das nossas fronteiras, marcou indelevelmente o destino de Portugal, dando-as a conhecer mais intimamente, para lá dos mitos e mesmo dos erros que, muitas vezes, lhes tingiram a fama e se perpetuaram pelos séculos.

Cada uma das sessões será dedicada a uma rainha biografada por Isabel Stilwell, por ordem cronológica, com o enfoque não só na rainha, mas também na época histórica em que viveu.

Recorrendo a imagens dos palácios e lugares que habitaram, às cartas e aos diários que escreveram, pretende-se tornar a viagem ao passado mais fácil e agradável, sem que se perca o rigor dos factos. A análise da bibliografia existente para cada uma vai permitir também, que cada um continue a descobrir as suas rainhas preferidas muito para lá deste curso.

Isabel Stilwell é jornalista e escritora. A sua grande paixão por romances históricos, revelou-se em 2007, com o best-seller D. Filipa de Lencastre, a que se seguiram D. Catarina de Bragança (ambos traduzidos para inglês) e D. Amélia. Em abril de 2012, foi a vez de publicar D. Maria II, que mereceu uma edição especial para o mercado brasileiro. Em Outubro de 2013, lançou D. Isabel de Borgonha, chamando a atenção para a única mulher da Ínclita Geração.

Seguiu-se a mãe do primeiro rei de Portugal, e D. Teresa surgiu em 2015. Sentiu-se finalmente preparada para escrever sobre a Rainha Santa, Isabel de Aragão, eleito o segundo melhor livro de ficção, no Prémio Livro do Ano da Bertrand. Em Outubro de 2018, regressou com D. Maria I, que está entre os livros de autores portugueses mais vendidos no ano que terminou. Escreve às quartas-feiras uma crónica no Jornal de Negócios, colabora com a revista Máxima, e vira diariamente os Dias do Avesso, em conversa com Eduardo Sá, na Antena 1.

É mãe de três filhos, e avó de oito netos.

Programa

1.ª SESSÃO — 16 DE ABRIL
O medo da vida, um medo de morte.
A origem do género. A luta de classes na literatura. De Sófocles até hoje. O preconceito e o fascínio pela literatura policial. A navalha de Ockham e a investigação policial.

2.ª SESSÃO — 18 DE ABRIL
Uma perspectiva histórica, entre a paz e a guerra.
Os começos. Autores para o arquivo: Poe, Conan Doyle, Gaston Leroux, Maurice Leblanc.
S.S. Van Dine, as regras fixas e um detetive móvel.

3.ª SESSÃO — 23 DE ABRIL
Quem foi?
Da ideia de mistério à história dos grandes detectives. Agatha Christie, Dorothy L. Sayers, Dickson Carr, Ellery Queen, Ngaio Marsh. Os casos de Rex Stout. Georges Simenon e o espírito de Maigret. O retrato do detective como um dicionário de costumes

4.ª SESSÃO — 25 DE ABRIL
O nascimento da melancolia.
O crime e a sociedade bem comportada. Dashiell Hammett. História de um género impossível. Raymond Chandler, o caso Philip Marlowe e o nascimento da melancolia.

5.ª SESSÃO — 30 DE ABRIL
Dos anos duros aos novos clássicos.
James M. Cain, Léo Mallet, Mickey Spillane, James Hadley Chase, Chester Himes. Manuel Vázquez Montalbán, o mago da ironia latina. Patricia Highsmith: a desordem natural das coisas. Andrea Camilleri, Petros Markaris, Élmer Mendoza.

6.ª SESSÃO — 2 DE MAIO
Por que matam melhor as mulheres?
De Ngaio Marsh e Agatha Christie a Fred Vargas, de Val McDermid e Camilla Lackberg. P.D. James: do fascínio pela morte a Jane Austen. Ruth Rendell: as pessoas normais. As detectives. A subtil diferença.

7.ª SESSÃO — 7 DE MAIO
Os espiões.
Um género devorado pelo cinema. De Ian Fleming a John Le Carré. Lawrence Durrell. Graham Greene. Julian Semyonov. Robert Ludlum. Mai Jia. John Le Carré: o triunfo da poesia. O espião imperfeito: George Smiley e Magnus Pym.

8.ª SESSÃO — 9 DE MAIO
O caso do policial nórdico. Um crime no paraíso.
De Maj Sjöwal e Per Wahlöo à morte de Stieg Larsson: um crime no paraíso. Jo Nesbø, Henning Mankell, Arnaldur Indrioason, Yrsa Siguroardóttir, Camilla Läckberg, Karin Fossum, Mons Kallentof. Uma mancha de sangue no esplendor da neve.

9.ª SESSÃO — 14 DE MAIO
Crimes em língua portuguesa.
Os clássicos portugueses escolhiam outros nomes: Ross Pynn, Frank Gold, Dick Haskins, Strong Ross, Dennis McShade. Um elogio a José Cardoso Pires. O caso Luís Campos.
Os brasileiros que mudaram a corrente: Rubem Fonseca, Luiz Alfredo Garcia-Roza, Tony Bellotto.

De 16 de abril a 14 de maio (terças e quintas-feiras), às 15h30, na Sala de Âmbito Cultural do El Corte Inglés de Lisboa (Piso 6)

Inscrições disponíveis até dia 9 de abril, no Ponto de Informação (Piso 0) do El Corte Inglés de Lisboa.
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