Cinema e Vídeo
Museu do Oriente apresenta ciclo de cinema documental
O Museu do Oriente apresenta um ciclo de cinema documental dedicado ao tema do exílio, no âmbito do DocLisboa 2020, todos os domingos de fevereiro, às 17.00. A estreia em Portugal de “Memory Is Our Homeland”, de Jonathan Kolodziej Durand, é um dos destaques.
2 Fev a 23 Fev 2020
O programa foca-se no exílio e na deslocação, enquanto condições permanentes de uma parte da humanidade, segundo cada momento histórico. Partindo de histórias de vida concretas, retratos relacionados com a primeira metade do século que ressoam no presente, de forma surpreendente e muitas vezes irónica. Irmãs polacas refugiadas na Tanzânia durante a II Grande Guerra, em “Memory Is Our Homeland” (Canadá, 2016), no dia 2 de fevereiro. Ou a história familiar do suíço Markus Imhoof, em “Eldorado” (Suíça, Alemanha, 2018), no dia 9, e o modo como a empatia e a solidariedade necessários ao ato de acolher são, precisamente, as características humanas desafiadas pelas políticas atuais.
A segunda metade do programa, nos dias 16 e 23 de fevereiro, acompanha o movimento em relação com os territórios. Em “Ta’ang” (Hong Kong, França, 2016), Wang Bing acompanha com a sua câmara a dura fuga, pelas montanhas da fronteira da China com a Birmânia, de famílias que escapam à guerra civil. Em “Babylon” (Tunísia, 2012) habitamos um campo de refugiados na Tunísia, desde a criação até à sua desmontagem, sem qualquer legenda ou tradução: os corpos, as relações, as tentativas de criar sentido num território que, depois de tudo desaparecer, voltará ao estado inicial, sem poder nunca voltar a ser o mesmo.
O ciclo é co-organizado pelo DocLisboa e tem entrada gratuita, mediante levantamento de bilhete no dia da sessão.
MEMORY IS OUR HOMELAND
Jonathan Kolodziej Durand
Canadá, 2016
(Estreia em Portugal)
‘Prix du public’ no Montreal RIDM Film Festival 2018
O destino dramático de quase um milhão de polacos que, durante a Segunda Guerra Mundial, foram deportados para os campos de trabalho siberianos, antes que milhares deles desaparecessem, ao caminho de um exílio na África, passando pelo Irão e pela Índia. Suportado pelo testemunho da avó, Durand revela uma aspecto voluntariamente apagado da História e interroga-se sobre a natureza de uma identidade baseada no exílio.
Markus Imhoof
Suíça, Alemanha, 2018
(Seleção oficial Doclisboa 2018)
Duração: 91', sem intervalo
Wang Bing
Hong Kong, França, 2016
(Selecão oficial Doclisboa 2016)
International Nuremberg Human Rights Award 2017
Duração: 147’, sem intervalo
Youssef Chebbi, Ismaël, Ala Eddine
Slim
Tunísia, 2012
(Seleção oficial Doclisboa 2012)
Duração: 119', sem intervalo
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