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Exposições

Clamor da Maré Cheia

Vila do Conde, Lisboa, Baião e Ermesinde acolhem a nova exposição polinuclear da artista plástica Cristina Rodrigues que se estenderá de 24 de junho a 31 de outubro.

24 Jun a 31 Out 2021

Cais da Alfândega
Preço
Entrada livre

• A primeira instalação de “Clamor da Maré Cheia” é apresentada no Cais da Alfândega de Vila do Conde, às 17h do dia 24 de junho.
• As 21h30, no Teatro Municipal de Vila do Conde, a soprano Carla Caramujo acompanhada por um quarteto de cordas interpretará composições de Hahn, Fauré, Puccini, Lacerda, Vianna da Mota, Grieg e Rachmaninoff.

O Cais da Alfândega de Vila do Conde, no dia 24 de junho, dia de S. João, feriado municipal vila-condense, às 17h, foi o local escolhido por Cristina Rodrigues para apresentar ao público a sua exposição polinuclear “Clamor da Maré Cheia”. O Jardim do Museu Nacional de Arqueologia – Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa, no dia 15 de julho, o Mosteiro de Santo André de Ancede, em Baião, a 25 de julho, e, a 31 de julho, o exterior do Fórum Cultural de Ermesinde receberão as outras instalações que compõem a exposição.

“Clamor da Maré Cheia” é uma exposição polinuclear, composta por quatro instalações de arte contemporânea, concebidas em sintonia com o lugar de exibição. Uma narrativa que exalta o Homem como um ser curioso e trabalhador, capaz de enfrentar grandes adversidades por caminhos desconhecidos. As esculturas que integram a obra - quase cinco dezenas de peças que utilizam o ferro e redes de pesca como matéria de trabalho -, são fruto de uma reflexão da autora sobre a odisseia humana.

Vila do Conde, cidade conhecida pelos seus estaleiros navais; Belém, lugar de onde os portugueses partiram à descoberta do mundo; Ermesinde, fundada essencialmente para ser uma cidade de trabalho e o Mosteiro de Santo André de Ancede, Baião, um local onde sempre se celebrou o culto do espírito, enquadram esta narrativa de Cristina Rodrigues.

Nas diferentes datas de inauguração, com a exceção do dia 15 de julho, Cristina Rodrigues brindará os visitantes com um concerto da cantora lírica Carla Caramujo, que interpretará obras de Hahn, Fauré, Puccini, Lacerda, Vianna da Mota, Grieg e Rachmaninoff, acompanhada por um quarteto de cordas composto por Álvaro Pereira e Evandra Gonçalves nos Violinos, Luis Norberto na Viola d’Arco e Michal Kiska no Violoncelo.

A soprano construiu o programa do concerto, também intitulado “Clamor da Maré Cheia” com peças de compositores que, tal como Cristina Rodrigues, se inspiraram no mar para criar. O mar transporta o labor, o sustento e a espiritualidade e estes autores interpretam-no de forma singular. «A sua beleza onírica, o seu ruído, ora ameaçador, ora nostálgico, a sua influência na vida das populações, transporta-nos para um universo de emoções, similares em qualquer latitude», afirma Carla, sobre o mar.

Carla Caramujo é um dos mais reconhecidos sopranos portugueses da sua geração, tendo já vencido vários concursos nacionais e internacionais, entre os quais o Concurso Nacional Luísa Todi e Chevron Excellence (Reino Unido), dois conceituados prémios a nível mundial. Licenciada e mestre pela Guildhall School of Music and Drama de Londres e pelo Royal Conservatoire of Scotland, Carla já fez dezenas de interpretações, desde a ópera barroca à produção contemporânea, e já se apresentou nas mais importantes salas de concerto e festivais de canto lírico, por todo o mundo.

Notas biográficas:
Cristina Rodrigues (1980) é uma artista plástica e arquiteta portuense com trabalho apresentado na Europa, Ásia e América do Sul em diversas exposições a solo, o que a torna uma das artistas plásticas portuguesas mais relevantes da sua geração. Várias das suas obras integram coleções de museus e de entidades públicas nacionais e internacionais.

O seu perfil multidisciplinar fala por si, tendo Cristina Rodrigues já colaborado com diversas marcas de referência, protagonizando coleções ímpares. Com a FLY London, desenhou a “Urban Dwellers”, uma linha de sapatos e botas de senhora. Com a Licor Beirão, construiu a “Fonte da Felicidade”, estrutura forjada em ferro que suporta “taças de magia”. Criou uma coleção de tapeçarias para a Ferreira de Sá, que conta ainda com coleções de autores como Siza Vieira e Fátima Lopes. E, para a Alma de Luce, marca de mobiliário de luxo, construiu um contador único, a que deu o nome de “The Angel of Columbus”.

O ecletismo que emana das suas obras exprime as suas paixões e formação académica. Toda a sua obra é regida por uma estética simples que liga a etnografia social, a antropologia e a sustentabilidade ao desenho, à pintura, à instalação e à escultura. Devido ao grande sentido do global/universal, as suas instalações exprimem um trabalho aprofundado, desenvolvido em torno de permanentes contrastes entre o tradicional e o contemporâneo; um diálogo fluido entre o tradicional de inspiração popular e uma cultura de raiz mais «erudita».

Característica primordial em Cristina Rodrigues é o método através do qual procede à conservação, através da arte, de um conhecimento popular, de uma tradição, um idioma ou dialeto, uma técnica de artesanato, enquanto elementos que integram a cultura e a identidade de um local. Desta forma, não apenas os «regista» como tal, mas também os leva a percorrer mundo, integrando as suas obras e exposições.

A artista elabora as suas peças com minúcia, levando à descoberta da identidade artística de objetos obsoletos, transformando-os em relíquias escultóricas que realçam o seu percurso e o conjunto da sua obra. Com as suas criações, Cristina Rodrigues cria narrativas imaginárias que ligam a sua história pessoal, enquanto mulher portuguesa num contexto global, a um fantástico mundo de simbolismos. A artista conduz o espectador contemporâneo através de um percurso transcultural e transtemporal, em que são visíveis as preocupações com a dimensão humana, centrando-se de forma incisiva nos direitos humanos.

Em termos académicos, Cristina Rodrigues, em 2004, conclui a licenciatura em Arquitetura pela Universidade Lusíada, tendo posteriormente obtido um mestrado em História Medieval e do Renascimento pela Universidade do Porto. Na prestigiada Manchester School of Art, em 2016, concluiu um doutoramento em Arte e Design.

Entre as exposições de Cristina Rodrigues, destacamos:
Em Portugal:
“Travessia” (2020), no Centro de Cultura Contemporânea, em Castelo Branco;
“O Horizonte” (2019), na Quinta da Cruz – Centro de Arte Contemporânea, Viseu;
“Retrospectiva” (2017), no Centro de Cultura Contemporânea, Castelo Branco;
“O Céu Desce à Terra” (2015), no Mosteiro de Alcobaça, Leiria;
“O Meu País Através dos Teus Olhos” (2013), No Museu Nacional de Arqueologia – Mosteiro dos Jerónimos, Lisboa.
No estrangeiro:
Espanha:
“A Casa é a Catedral da Vida” (2019), no Naves Matadero, Madrid;
“O Sudário” (2017-18), no Naves Matadero, em Madrid, Espanha;
“A Paixão” (2016), uma exposição distribuída por cinco dos mais icónicos monumentos de Sevilha: Fundação Valentín de Madariaga y Oya; Pavilhão de Portugal; Universidade de Sevilha; Casa de la Provincia e Real Alcázar de Sevilha.
Reino Unido:
“O Reino dos Céus” (2017), na Catedral de Manchester, Reino Unido.
Japão:
“Ecos do Mar” (2018), no The Hillside Forum, em Tóquio, Japão.
Sri Lanka:
“O Sudário”, na Colombo Art Biennale 2016, na Catedral de Colombo, Sri Lanka.
Principais coleções de museus e entidades públicas que as obras de Cristina Rodrigues integram:
Catedral de Manchester, no Reino Unido;
Cheshire East Council, no Reino Unido;
Museu Municipal Amadeo de Souza-Cardoso;
Município de Castelo Branco;
Município de Viseu;
Município de Vila do Conde;
Município de Baião e Estado Português.

Carla Caramujo é uma das mais reconhecidas sopranos portugueses da sua geração, tendo já vencido vários concursos nacionais e internacionais, entre os quais o Concurso Nacional Luísa Todi e Chevron Excellence (Reino Unido), dois conceituados prémios a nível mundial. Licenciada e mestre pela Guildhall School of Music and Drama de Londres e pelo Royal Conservatoire of Scotland, Carla Caramujo já fez dezenas de interpretações, desde a ópera barroca à produção contemporânea, e já se apresentou nas mais importantes salas de concerto e festivais de canto lírico, por todo o mundo.
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