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Música

GAMMA RAY

Lendas do power metal germânico lideradas por Kai Hansen regressam a Portugal para celebrar um quarto de século de carreira e revisitar um catálogo repleto de clássicos.

Gamma Ray - 15 e 17 Nov - Hard Club e Paradise Garage

15 Jun 2015  |  20h30

Hard Club
Praça do Infante D. Henrique, 95 - 4050-252 Porto

17 Nov 2015  |  20h30

Paradise Garage
R. João de Oliveira Miguens, 38/48, 1350-187 Lisboa
1ª Parte: Serious Black + Special Guests
Abertura de Portas: 20h00 - Início espetáculo: 20h30
 
Muito se tem debatido a eventual morte do heavy metal no início dos anos 90. Porque aconteceu? O que a causou? Seria inevitável? Na ausência de respostas concretas a estas questões, talvez seja mais fácil fazer uma pergunta um pouco mais básica e direta – será que o metal morreu realmente na altura em que os Nirvana lançaram o «Nevermind» e explodiram na MTV e nas tabelas de vendas por esse mundo fora? Depois de ouvir «Heading For Tomorrow», o álbum que marcou a estreia dos GAMMA RAY em 1990, ou qualquer outro lançamento assinado por bandas como Blind Guardian, Kamelot ou Angra entre 1990 e 1995, torna-se rapidamente óbvio que o alegado enterro do som eterno nunca passou de um mito engendrado pelos departamentos de promoção das grandes editoras.
No início da década de 90, a fonte criativa da New Wave Of British Heavy Metal tinha secado e a fusão de hard rock e glam, que uns anos antes florescia na Sunset Strip de Los Angeles, já tinha queimado os últimos cartuchos. Em 1991, com o lançamento do colossal «Black Album», os Metallica colocaram o derradeiro prego no caixão do thrash. Isso são factos irrevogáveis. No entanto, havia muito a acontecer na cena. Na Europa, os Helloween começavam a afirmar-se como um dos mais interessantes nomes do som pesado mais tradicional e, com a sua genial mistura de speed metal e melodias orelhudas, criaram as pedras basilares para o power metal – como o conhecemos hoje – com a edição dos dois lendários tomos de «Keeper Of The Seven Keys». Nada interessado em deixar-se encurralar criativamente ou ser sufocado pela visão artística em túnel da indústria discográfica, o guitarrista Kai Hansen, força criativa da banda de Hamburgo até então, decidiu deixar o projeto que tinha fundado em 1978 e, pelo caminho, salvou o heavy metal da estagnação a que parecia estar inevitavelmente destinado.
Se alguém se dirigir a Kai Hansen e lhe disser que foi o grande responsável por manter o heavy metal vivo durante os anos 90, o mais provável é que sejam confrontados com uma risada. No entanto, a verdade é que, desde que formou os GAMMA RAY em 1989, o músico alemão desempenhou um papel crucial na preservação de um som que, sem a sua música e a de todos aqueles que foi influenciando ao longo das décadas, poderia perfeitamente ter caído no esquecimento. Durante as últimas duas décadas e meia, Hansen e companhia assinaram sucessivas declarações de intenção no que toca à sua própria filosofia musical. A estreia «Heading For Tomorrow» continuou o brilhante trabalho que tinha feito com os Helloween; «Land Of The Free» continua a ser considerado um marco do metal melódico veloz e a sua sequela, «Land Of The Free II», editada mais de uma década depois, não lhe fica a dever nada. Pelo meio, fica uma coleção de títulos incontornáveis, entre os quais se contam «Somewhere Out In Space», «Powerplant», «No World Order!», «Skeletons In The Closet», «Majestic» e, já nesta década, os explosivos «To The Metal!» e «Empire Of The Undead», do ano passado.
Chegados a 2015, basta olhar para trás para perceber que os GAMMA RAY não são apenas "mais uma banda". Aplaudidos em uníssono pela sua leal e entusiasta base de seguidores, há poucos festivais de renome em que não tenham tocado já perante multidões rendidas, há poucas revistas internacionais que não os tenham colocado na capa pelo menos uma vez e a banda de Hamburgo continua a ser uma verdadeira instituição do heavy metal, que nunca repousou sobre os louros conquistados e continua em busca de novos desafios. O mais recente chama-se «The Best (Of)» e pretende reunir num disco-duplo tudo o que de melhor fizeram ao longo da sua valorosa carreira. É precisamente esse também o mote da Best Of The Best – Party Tour 2015, digressão de celebração dos primeiros 25 anos dos GAMMA RAY que vai trazer o quarteto de regresso a Portugal... O embate acontece nos dias 15 e 17 de Novembro no Porto e em Lisboa, no Hard Club e no Paradise Garage respetivamente.

BIOGRAFIA GAMMA RAY
Em 1988, depois de ter passado quatro anos com os Helloween, que havia fundado em 1978 com a designação Gentry, o guitarrista (e principal compositor) Kai Hansen decidiu deixar a banda e formar o seu próprio projeto com os seus amigos de longa data Ralf Scheepers (na voz), Mathias Burchardt (na bateria) e Uwe Wessel (no baixo). No início a intenção não era criar outra banda, mas as primeiras gravações de estúdio correram num ambiente tão descontraído que as intenções do músico acabaram por mudar... E, assim, nasceram os Gamma Ray. Em Janeiro de 1990 é lançado o álbum «Heading For Tomorrow», que atingiu de imediato grande sucesso na Alemanha e no Japão.
Enquanto os Helloween mudavam de pele com o controverso «Chameleon», Kai manteve-se fiel ao som que o tornou famoso anos antes: power metal melódico e bombástico com letras positivas e um trabalho de guitarra fantástico. Na sequência da saída de Burchardt pouco depois das gravações, a estreia ao vivo foi adiada vários meses e aconteceu já com Uli Kusch no seu lugar e após a edição do EP «Heaven Can Wait» em Setembro de 1990. Esses primeiros concertos – que marcaram também a estreia do segundo guitarrista Dirk Schlächter – foram um sucesso, sobretudo no Japão, dando origem ao documentário «Heading for the East», filmado em Tóquio. Em Fevereiro de 1991, os músicos começam a trabalhar no segundo álbum e, sob a batuta do produtor Tommy Newton, gravam «Sigh No More», editado em Setembro desse ano.
Apesar da orientação mais depressiva, resultado da Guerra do Golfo que estava a acontecer na altura, o disco foi um sucesso e deu origem a uma tour mundial de 50 datas. No início do ano seguinte, trocam de secção rítmica, com os novatos Jan Rubach e Thomas Nack a substituirem Uwe e Uli. A trabalhar na construção do seu estúdio, o grupo só voltaria a gravar em 1993, com «Insanity & Genius» a chegar aos escaparates em Junho. Segue-se mais uma digressão muito bem-sucedida... E outra grande mudança, com a saída de Scheepers. À semelhança do que tinha feito nos Helloween, Hansen acumula as funções de guitarrista e vocalista, estreando-se na posição com «Land Of The Free», um majéstico álbum conceptual que deixou a imprensa e o público em êxtase. Sem perderem tempo, lançam de seguida o EP «Silent Miracles» e o álbum ao vivo «Alive '95», que antecedem, no Verão de 1996, a saída de Jan e Thomas.
Composto apenas por Dirk (que entretanto tinha mudado de novo para o baixo) e Kai, «Somewhere Out In Space» foi antecedido pela edição de outro EP, «Valley Of The Kings», ambos gravados com Daniel Zimmermann na bateria e Henjo Richter na guitarra. O que se sucede depois é uma sequência de registos e digressões de grande sucesso, com «Power Plant» de 1999, a regravação de material antigo «Blast From The Past» de 2000, «No World Order!» de 2001, o ao vivo «Skeletons In The Closet» de 2003 e «Majestic» de 2005 a manterem o nome dos Gamma Ray bem vivo.
 
Já em 2007, é editado «Land Of The Free II» (a esperada sequela do muito aplaudido álbum de 1995) e juntam-se aos Helloween para uma digressão como co-headliners. Três anos depois lançam o décimo álbum de estúdio, «To The Metal!» e, em 2012, Zimmermann abandona após quinze anos de colaboração, sendo rapidamente substituído por Michael Ehre. Encontrada a estabilidade necessária, gravam «Empire of the Undead» na Primavera de 2014 e, já em Janeiro deste ano, foi disponibilizada a compilação «The Best (Of)», que reúne 25 dos seus temas mais emblemáticos e que serve de mote à Best Of The Best – Party Tour 2015.



Os bilhetes para o concerto custam 23€, à venda nos locais habituais.
Reservas: Ticketline (1820). Em Espanha: Masqueticket.
Locais de Venda: Ticketline, Fnac, Worten, El Corte Inglês, Carbono (Amadora), Glam-O-Rama (Lisboa), Bunker Store (Porto), Unkind (Online Store), Masqueticket (Espanha)

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