Nesta sessão de 'As Mulheres Fazem Cinema!' são apresentados os tópicos:

Conversa
A interacção humana básica - como se faz com que seja cinematográfica? Angela Schanelec dirige-nos para nos concentrarmos na linguagem corporal em PLACES IN CITIES, Cecile Tang usa o zoom como guia através das mudanças emocionais em THE ARCH, e Sofia Coppola em THE VIRGIN SUICIDES mostra-nos uma conversa sem palavras, através de canções e ecrãs divididos que contam uma história de saudade impossível.

Enquadramento
As imagens descrevem e pintam as cenas. Podem fazer com que o desporto pareça um bailado, como no controverso filme OLYMPIA, de Leni Riefenstahl, associado à iconografia nazi. Os enquadramentos moldam o mundo cinematográfico - através de olhares impressionistas em BLUE STEEL de Kathryn Bigelow, sufocantes grandes planos em THE HOLY GIRL, de Lucrecia Martel, e ângulos de câmara tão extremos como as emoções da personagem principal em ELLEN, de Mahalia Belo.

Sequência
O plano sequência é, para muitos, parte da essência da magia do cinema. As sequências podem apresentar perguntas e falar quando quase ninguém mais no filme fala - como no filme de Chantal Akerman's FROM THE EAST ou no LE LIT de Marion Hänsel. Em FACE, de Antonia Bird, um plano sequência sem falhas dá-nos uma ilusão de que a câmara é uma extensão dos nossos olhos. Cinético na sua natureza, o plano sequência pode ajudar a mostrar e expressar de forma dinâmica uma fuga desesperada, como em HOME, de Ursula Meier.