"É de Cultura como instrumento para a felicidade, como arma para o civismo, como via para o entendimento dos povos que vos quero falar"

Conferências

Criada por João Sousa Cardoso, "Universidade de Bolso" decorre no CCVF no final de maio

Conferência internacional junta ‘Oradores’ (França, Brasil, EUA) com os ‘Habitantes’ (Ucrânia, Nepal) e os ‘Observadores’ (Portugal, França), fomentando a partilha de vivências e saberes, a reflexão e o debate em torno de questões locais e globais à luz dos desafios deste século.

27 Mai a 29 Mai 2022

Centro Cultural Vila Flor
Avenida D. Afonso Henriques, 701, 4810-431 Guimarães

Um novo evento internacional, a “Universidade de Bolso”, conferência criada por João Sousa Cardoso, prepara-se para emergir no nosso calendário cultural, tendo lugar reservado nos próximos dias 27, 28 e 29 de maio no Centro Cultural Vila Flor. Coabitação e novas temporalidades é o mote escolhido para esta “Universidade de Bolso” e concentra-se na atualidade dos direitos das minorias étnicas nas sociedades contemporâneas e na elaboração social, ética e estética de uma cultura cosmopolita e transtemporal.

Em cada edição da "Universidade de Bolso" inaugurada na cidade berço de Portugal, os respetivos participantes encontram-se com os ‘Oradores’ (pensadores e artistas internacionais); com os ‘Habitantes’ (cidadãos a viver em Guimarães, neste caso com histórias pessoais de imigração); e os ‘Observadores’ convidados, que no final realizam uma análise dos três dias de conferência, seguida de um debate com os participantes.  

“Universidade de Bolso” é um programa de construção de conhecimento em regime intensivo que promove o encontro de ideias e experiências, na convergência da erudição e da prática, articulando a cultura contemporânea, o quotidiano e o arcaico. E, neste encontro, contribui para uma mobilização da troca de saberes, o aprofundamento de renovadas perspetivas políticas e uma preparada consciência diante da complexidade dos desafios do século.

A cada edição, a “Universidade de Bolso” propõe, ao longo de três dias, a criação de uma comunidade efémera de vivência, observação, reflexão e debate aberto em torno de questões atuais, locais e globais. Os participantes encontram-se com os ‘Oradores’: pensadores e artistas internacionais, relevantes do nosso tempo, convidados a proferirem uma aula pública; com os ‘Habitantes’: dois residentes locais que testemunharão um itinerário pessoal e saberes com direito de cidade; e os ‘Observadores’: dois convidados que acompanharão no terreno todo o programa e, no último dia, devolverão o seu olhar numa perspetiva participante, crítica e propositiva sobre o trabalho desenvolvido.

Nesta edição, os ‘Oradores’ são: Françoise Vergés, intelectual, escritora e militante francesa com origem familiar na Ilha da Reunião que tem desenvolvido um pensamento crítico sobre as relações entre anticapitalismo, ativismo feminista e decolonização; Vladimir Safatle, filósofo brasileiro, docente na Universidade de São Paulo e músico, que tem produzido reflexão sobre a construção política das subjetividades entre a filosofia, a crítica da cultura e a teoria psicanalítica; Mary Enoch Elizabeth Baxter, que também assina com o nome hip-hop Isis Tha Saviour, artivista norte-americana baseada em Filadélfia, que trabalha a relação entre o sistema institucional da justiça (incluindo a justiça reprodutiva), a violência de estado e a comunidade afrodescendente nos Estados Unidos da América. 

Os ‘Habitantes’ Svitlana Baptista e Niranjan Sapkota partilham connosco – num espaço específico relacionado com a sua história pessoal como lugar de encontro – a experiência de imigração da Ucrânia e do Nepal, respetivamente, para Portugal.

Svitlana Fedynyak Baptista falará sobre a cultura cívica, tecnocientífica e política em que se formou na antiga União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), o trauma coletivo da catástrofe ecológica de Chernobyl, a experiência migratória entre um regime autoritário do leste europeu e uma democracia em consolidação no extremo ocidente do continente. E como vive a recente invasão da Ucrânia pela Rússia. 

Niranjan Sapkota, por seu lado, mostrará como concilia a formação hindu e o território cultural de acolhimento, a carreira académica e o emprego fabril, além do interesse – sendo os seus pais cantores folclóricos – pela música dos instrumentos tradicionais como uma prática familiar a que dá continuidade. Ambos os casos ajudarão a compreender as questões da alteridade, da inclusão política e das dinâmicas interculturais.  

No último dia, ‘Observadores’ realizam uma análise dos três dias de conferência, seguindo-se um debate com os participantes. Estes ‘Observadores’ são a historiadora francesa Yvane Chapuis – responsável pelo Departamento de Pesquisa na escola de artes La Manufacture, em Lausanne (Suiça) – e António Guerreiro, crítico cultural e professor na Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa, os quais contribuirão como relatores da presente edição, analisando a qualidade das trocas havidas e as suas implicações num processo de construção coletiva de conhecimento.  

A Universidade, instituição centenária, encontra-se hoje implicada num processo imprevisível de profunda transformação política, cultural e económica, procurando os caminhos que lhe permitam reencontrar o seu fundamento – uma casa do conhecimento universal – e reinventar a capacidade de acompanhar os processos sociais e atuar produtivamente no mundo. Com a primeira edição da “Universidade de Bolso” pretende-se dar a volta ao mundo em 3 dias, em conjunto, sendo a primeira volta de muitas revoluções.  

Esta conferência internacional – criada pelo artista e docente João Sousa Cardoso, licenciado em Artes Plásticas e doutorado em Ciências Sociais – semeia desta forma na cidade berço um novo reforço e consolidação da aposta na (tão essencial e potencialmente transformadora) componente do pensamento, remando em conjunto com a vontade e aposta estratégica d’A Oficina e do Município de Guimarães em explorar esta vertente tão essencial e potencialmente transformadora para todos nós. 

O passe geral para o programa integral (3 dias) desta edição da “Universidade de Bolso” tem o valor de 50 euros, existindo também a possibilidade de adquirir bilhetes diários pelo valor de 20 euros cada. Estudantes, Professores, menores de 30 anos e maiores de 65, usufruem de um desconto de 50%. A inscrição nas sessões com ‘Habitantes’ – Svitlana Baptista (28 maio, 10h30) e Niranjan Sapkota (29 maio, 10h30) – deve ser realizada online em www.ccvf.pt e pressupõe a prévia aquisição do bilhete para o respetivo dia ou do passe geral. Os ingressos podem ser adquiridos online nos referidos endereços digitais ou nas bilheteiras físicas do Centro Cultural Vila Flor, Centro Internacional das Artes José de Guimarães, Casa da Memória e Loja Oficina.

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