Literatura
Apresentação da Atlântida – Revista de Cultura 2022
Vivemos em ilhas do Atlântico Norte, rodeados de mar. O mar é a nossa companhia diária. Proporciona-nos comunicações, alimentos, lugares de veraneio mas também nos coloca, cada vez mais, desafios. A nós e a todo o globo.
11 Out 2022 | 18h30
O mar dos Açores, juntamente com o da Madeira, oferece a Portugal uma imensa plataforma continental. Mas será que apenas olhamos para o mar de um ponto de vista predatório?
As alterações climáticas, a par das grandes questões da sustentabilidade, das economias azul e verde, da produção de energia obrigam-nos a olhá-lo com atenção redobrada. E se é já do senso comum a necessidade de o estudar, compreender, proteger, há um conjunto de novas inquietações e conhecimentos que aportam outros desafios.
Assim e fazendo jus à matriz universalista, cosmopolita e eclética da revista Atlântida, editada pelo Instituto Açoriano de Cultura (IAC), desde 1950, dedicamos o número de 2022 ao Mar. Mar entendido aqui quer num sentido mais restrito, quer num sentido global.
Para nos ajudar neste ciclópico desafio, contamos com a colaboração de Camila Maissune e Paulo Arraiano (artes e literatura); Avelino de Freitas de Meneses (ciências sociais); João Pedro Barreiros (ciências exatas) e Cláudia Ferreira Faria (parceria com a revista Islenha), que aceitaram o convite do IAC para a coordenação das secções que compõem o tomo LXVII da revista Atlântida.
Mais de seis centenas de páginas, com uma plêiade de colaboradores nacionais e estrangeiros que olham para o mar de diferentes perspetivas, quer do ponto de vista das ciências políticas e jurídicas, quer do ponto de vista da geodiversidade, quer do ponto de vista da criação e da problematização do tema e das matérias que com ele se correlacionam. Tudo numa revista profusamente ilustrada, com design de primeira qualidade.
Esperamos que este número, além da marca universalista dos Açores e da Madeira, contribua para a reflexão de quantos entendem o mundo como um todo composto por diferentes partes, onde, tal como na orografia, não há uniformidade e onde a riqueza e a beleza moram precisamente na diversidade.