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Trienal acolhe kick-off da Representação Oficial Portuguesa na Bienal de Arquitetura de Veneza 2023
A Trienal de Arquitetura de Lisboa acolhe o lançamento de Fertile Futures, a Representação Oficial Portuguesa na Bienal de Arquitetura de Veneza 2023, no Palácio Sinel de Cordes, no fim-de-semana de 28 e 29 de janeiro.
28 Jan a 29 Jan 2023
Com curadoria de Andreia Garcia, Fertile Futures problematiza a escassez da água doce, a partir de sete distintas hidro-geografias do território português.
As cinco assembleias de pensamento que compõem Fertile Futures são momentos de debate, sensibilização e mediação abertos ao público e de acesso gratuito que se realizam em Lisboa, Veneza, Braga, Faro e Porto Santo. Estas visam alimentar a reflexão em torno da água doce como elemento vital às espécies humana e não-humana, funcionam como espaços de (re)aprendizagem recíproca assente na coexistência entre saberes.
Fertile Futures convida equipas de arquitetura, em colaboração com especialistas de outras áreas, para problematizar e desenhar soluções especulativas que procuram inverter a memória recente de sobreposição e imposição de modelos, interesses e formas de atuação.
Os casos em estudo exemplificativos da ação antropocêntrica sobre recursos hídricos, naturais e finitos são: o impacto da Gigabateria na bacia do Tâmega; a quebra da convenção no Douro Internacional; a extração mineira no Médio Tejo; a imposição de interesses na Albufeira do Alqueva; a anarquia no perímetro de rega do Rio Mira; a sobrecarga das lagoas na Lagoa das Sete Cidades e o risco de aluviões nas Ribeiras Madeirenses.
O kick-off de Fertile Futures realiza-se no Palácio Sinel de Cordes, em Lisboa, com um programa público de dois dias que junta 16 participantes nacionais e internacionais.
Nesta primeira sessão, que decorre sábado (entre as 10h20 e as 13h30 e as 15h00 e 17h30) e domingo (das 10h20 às 13h30), participam, como consultores, Álvaro Domingues, Ana Salgueiro Rodrigues, Ana Tostões, Andres Lepik, Aurora Carapinha, Eglantina Monteiro, Érica Castanheira, Francisco Ferreira, João Mora Porteiro, João Pedro Matos Fernandes, Luca Astorri, Margarida Waco, Marina Otero, Patti Anahory, Pedro Gadanho e Pedro Ignacio Alonso.
Organizada e comissariada pela Direção-Geral das Artes, a Representação Oficial Portuguesa na Bienal de Arquitectura de Veneza 2023 propõe-se discutir e apresentar estratégias para a gestão, reserva e transformação da água doce e contribuir para uma discussão que é comum e global, em resposta direta à convocatória de Lesley Lokko, curadora da 18ª Exposição Internacional de Arquitectura - La Biennale di Venezia, que tem como título e tema “O Laboratório do Futuro”.
Expandindo a existência efémera de uma representação nacional na Bienal, Fertile Futures envolve as novas gerações no desenvolvimento de soluções para reservatórios de futuro e pretende defender, entre Portugal e Veneza, a pertinência do contributo da arquitetura no redesenho do futuro descarbonizado, descolonizado e colaborativo.