Os ritmos acelerados e animados do Pará, embalados pela voz rouca e malícia a toda a prova de Dona Onete, chegam ao Theatro Circo a 29 de junho (21h30).

Com um reportório inspirado no passado histórico-cultural da artista, relembrando as canções da rádio de outrora, e contando um pouco da história dos negros escravos que foram trabalhar nas lavouras de cana do Pará, levando consigo a sua rica cultura de dança e ritmo que deu origem ao frenético banguê, “Banzeiro” é o segundo álbum da cantora e compositora de 77 anos que tem levado o carimbó além-fronteiras.

«A música do Pará é muito cheia de mistura, então comecei a fazer essas músicas, que falavam de amor, num ritmo mais lento e muito sensual, e assim nasceu esse carimbó chamegado», diz Onete que emprestou alegria e sensualidade ao típico carimbó paraense.

Depois do sucesso de “Feitiço Caboclo” que marcou o lançamento de Dona Onete como cantora profissional em 2012, “Banzeiro” dá continuidade a uma carreira que ainda não soma duas décadas e que tem sido dedicada à exportação das raízes culturais do Norte brasileiro.

Nascida em 1938 em Cachoeira do Arari, no estado de Belém do Pará, no Brasil, Ionete da Silveira Gama foi secretária de Cultura e professora de História e Estudos Paraenses. Apesar de uma vida dedicada à arte e criação artística, foi apenas em 2012, aos 72 anos, que se estreou depois de ter sido "descoberta" pelo Colectivo Rádio Cipó e pelo público jovem de Belém.

Ingressos disponíveis em www.theatrocirco.bol.pt, na bilheteira do Theatro Circo, lojas Fnac e estações CTT aderentes.