Música
Jazz em Monserrate regressa em setembro com música, cinema e “spokenword”
Maria João, Carlos Bica, Bernardo Moreira, Cristina Branco, Adolfo Luxúria Canibal, Filipe Melo e Beatriz Batarda entre os 44 artistas que compõem o cartaz

8 Set a 17 Set 2023
Setembro está a chegar e com ele regressa o Jazz em Monserrate. Entre 8 e 17 de setembro, o cenário encantador do Parque de Monserrate, em Sintra, despede-se do verão ao som de Maria João, Carlos Bica, Bernardo Moreira, Cristina Branco, Adolfo Luxúria Canibal, Filipe Melo e Beatriz Batarda, entre outros. Ao todo, são 44 os artistas que compõem o cartaz do festival, que, nesta segunda edição, passa a durar 6 dias, divididos por dois fins de semana, que serão dedicados ao jazz, cinema e “spokenword”, incluindo concertos para famílias. O programa, concebido tanto para fãs de Jazz, como para os menos conhecedores do género, é constituído por 13 eventos, alguns deles gratuitos, que terão lugar em 3 palcos, em diferentes pontos do parque. A Parques de Sintra disponibiliza um serviço especial de transporte gratuito assegurado por autocarros da empresa Scotturb.
O conceito do festival, assente numa programação sólida e de grande qualidade, que tira partido do diálogo entre música, património e natureza, mantém-se, mas passa a “abraçar” novas formas expressão artística, como o cinema e a “spokenword”, sendo o Jazz transversal a todo o programa. Versátil por natureza, o Jazz sempre foi capaz de transcender disciplinas e é propício ao envolvimento de outras formas de arte com o objetivo de elevar a experiência a novos patamares de criatividade.
O Jazz em Monserrate arranca a 8 de setembro, com Zé Eduardo Unit – A Jazzar no Cinema Português. O concerto traz para o universo jazzístico temas que integraram as bandas sonoras de filmes portugueses de diferentes épocas.
No dia seguinte, o programa abre com os Nomad Nenufar, que mesclam jazz com sonoridades eletrónicas.
Segue-se um concerto comentado pelo consagrado Sexteto do Hot Clube de Portugal, que celebra os 75 anos do mítico clube lisboeta. O espetáculo junta à música breves explicações sobre o que será dado a ouvir, numa viagem pela história do jazz.
O dia encerra com os músicos Filipe Melo e João Pereira, que apresentam o filme musicado La Jetée, de Chris Marker. Exemplo perfeito do espírito inovador da Nouvelle Vague, o filme é, acima de tudo, uma experiência revolucionária de enorme criatividade que cruza várias artes. A narração está a cargo de Beatriz Batarda.
A 10 de setembro, o programa começa com um concerto/performance para famílias concebido por Nuno Cintrão. “A Improvisar é que a gente se entende” é uma experiência única de criação musical em que o público é convidado a fazer parte do espetáculo.
Os momentos de experimentação continuam com “Guarda-Rios”, um pássaro a três vozes que une João Neves, Susana Nunes e Mariana Camacho numa viagem pela música popular portuguesa e pela exploração livre da voz.
A fechar o dia, o guitarrista Nuno Costa e o pianista Óscar Graça trazem uma nova proposta de filme musicado, I don’t want to be a man, de Ernst Lubitsch, dialogará, no Parque de Monserrate, com a música criada e interpretada pelos dois músicos.
No segundo fim de semana do Jazz em Monserrate, a primeira proposta, no dia 15 de setembro, é o concerto The Art of Song vol. 1 – When Baroque Meets Jazz, que junta o piano de Filipe Raposo à voz de Rita Maria. O espetáculo funde a música erudita, o jazz e o cancioneiro tradicional.
O festival continua a 16 de setembro, com a “spokenword” de Pedro Freitas, o Poeta da Cidade, e o saxofone de Kenny Caetano. Dando primazia à língua portuguesa, “Poezz” baseia-se em textos reunidos na antologia do mesmo nome, organizada por José Duarte e Ricardo António Alves, e dá destaque à poesia de autores como Djavan, Drummond de Andrade e Rui Knopfli.
Seguem-se dois nomes fundamentais do jazz em Portugal: Maria João e Carlos Bica Quarteto. No Parque de Monserrate, apresentam um concerto que testemunha a amizade e a cumplicidade musical que os une e que teve o seu início na década de 1980, ficando registada em dois discos: Conversa (1986) e Sol (1991).
No último dia do festival, 17 de setembro, volta a estar programado um concerto para famílias. “O Jazz é Fixe”, da autoria do trio composto por Alvaro Rosso (contrabaixo), Vânia Couto (voz e guitarra) e João Mortágua (saxofone), proporciona uma divertida e criativa viagem pelo universo do jazz, recorrendo a objetos que à partida nada parecem ter a ver com a música.
Mais tarde, regressa a “spokenword”, desta vez com dois dos mais influentes protagonistas da cena musical portuguesa dos últimos 40 anos: Adolfo Luxúria Canibal (voz) e Carlos Barretto (contrabaixo). “Olhar o abysmo sem o deixar ganhar” é um concerto à volta de textos e poemas do universo da editora abysmo.
O Jazz em Monserrate encerra com Bernardo Moreira Sexteto com Cristina Branco como convidada. O concerto “Entre Paredes” traz os sons do universo do genial guitarrista Carlos Paredes através da leitura musical de Bernardo Moreira, que, com músicos de diferentes gerações, tem cruzado o jazz, o fado, a canção e o fado de Coimbra.
Os concertos realizados dentro do horário de funcionamento regular Parque e Palácio de Monserrate (9h00 > 19h00), serão de entrada gratuita para os visitantes que adquirirem o bilhete para o monumento, com lotação limitada à capacidade do espaço e acesso por ordem de chegada. Para assistir aos concertos agendados para as 19h30 e 21h00 é necessário adquirir o bilhete de concerto, pelo valor de 15€.
Quem pretender assistir à programação completa, beneficiando também da entrada diurna no Parque e Palácio de Monserrate em todos os dias do Jazz em Monserrate, poderá adquirir o bilhete de ciclo que custa 76,50€. Estão também à venda bilhetes para cada fim de semana do festival – 8 a 10 de setembro e 15 a 17 de setembro – por 40,50€. Dão acesso a todos os concertos do fim de semana a que se referem e também incluem a entrada diurna no Parque e Palácio de Monserrate. Os ingressos estão à venda em www.jazzemmonserrate.pt.
Para tornar mais cómodo o acesso aos concertos noturnos, a Parques de Parques de Sintra disponibiliza um serviço especial de transporte gratuito assegurado por autocarros da empresa Scotturb. O circuito tem início na estação ferroviária da Portela (lado sul), segue depois para a estação de Sintra e termina junto à entrada principal do Parque de Monserrate. No final dos concertos, efetua-se o percurso inverso, com partida do Parque de Monserrate, até ao transporte do último visitante. Para beneficiar deste serviço, basta apresentar o bilhete para o concerto dessa noite.
O Jazz em Monserrate é promovido pela Parques de Sintra e tem a conceção artística da Clave na Mão. O BPI – Fundação “la Caixa” é o mecenas do “Jazz em Monserrate”, que conta também com o patrocínio da Tranquilidade e com o apoio da Câmara Municipal de Sintra. A Antena 2 e o SAPO são media partners do evento.
Mais informações: www.jazzemmonserrate.pt
PROGRAMA JAZZ EM MONSERRATE 2023
08 de setembro
19:30 | Palco Lago | Zé Eduardo Unit - A Jazzar no Cinema Português
09 de setembro
16:00 | Palco Esplanada | Nomad Nenufar*
18:00 | Palco Lago | Sexteto Hot Clube Portugal - Concerto Comentado
21:00 | Palco Lago | Filipe Melo e João Pereira com Beatriz Batarda - "La Jetée", de Chris Marker (Filme musicado)
10 de setembro
11:00 | Palco Lago | Nuno Cintrão - “A Improvisar é que a gente se entende” (Concerto/Performance para famílias)
16:00 | Palco Lago | Guarda-Rios
21:00 | Palco Lago | Nuno Costa e Óscar Graça- "I don’t want to be a man", de Ernst Lubitsch (Filme musicado)
15 de setembro
19:30 | Palco Cedro da China | Filipe Raposo e Rita Maria - The Art of Song vol. 1 – When Baroque Meets Jazz
16 de setembro
16:00 | Palco Esplanada | Pedro Freitas - Poezz (Spokenword)*
19:30 | Palco Cedro da China | Maria João e Carlos Bica Quarteto
17 de setembro
11:00 | Palco Cedro da China | O Jazz é Fixe - Concerto para crianças
16:00 | Palco Cedro da China | Adolfo Luxúria Canibal e Carlos Barretto - Olhar o abysmo sem o deixar ganhar
19:30 | Palco Cedro da China | Bernardo Moreira Sexteto e Cristina Branco - Entre Paredes
* Os concertos do Palco Esplanada (9 e 16 de setembro) terão capacidade limitada a 130 pessoas. A entrada é feita mediante compra do bilhete regular Parque e Palácio de Monserrate e apresentação de pulseira. A pulseira será distribuída na bilheteira, uma hora antes do início do concerto (15h00), a todos os visitantes que manifestem interesse em assistir ao concerto.
PREÇÁRIO
a) concertos às 11h00, 16h00 e 18h00: gratuitos, mediante compra do bilhete para o Parque e Palácio de Monserrate;
b) restantes concertos:
- bilhete de concerto: 15€
- bilhete de ciclo: 76,50€ (todos os concertos + entrada diurna no Parque e Palácio de Monserrate nos dias do Jazz em Monserrate)
- bilhete de 8 a 10 de setembro: 40,50€ (todos os concertos deste fim de semana + entrada diurna no Parque e Palácio de Monserrate nos mesmos dias)
- bilhete de 15 a 17 de setembro: 40,50€ (todos os concertos deste fim de semana + entrada diurna no Parque e Palácio de Monserrate nos mesmos dias)
Bilhetes à venda online em www.jazzemmonserrate.pt e nas bilheteiras físicas da Parques de Sintra.
TRANSPORTE ESPECIAL GRATUITO (concertos noturnos: 19h30 e 21h00)
Circuito Estação ferroviária da Portela > Estação ferroviária de Sintra > Parque de Monserrate
Partidas da Estação ferroviária da Portela (lado sul)
- 8, 15, 16 e 17 de setembro: entre as 17h30 > 19h00
Acesso aos concertos agendados para as 19h30: Zé Eduardo Unit; Filipe Raposo e Rita Maria; Maria João e Carlos Bica Quarteto; e Bernardo Moreira Sexteto convida Cristina Branco
- 9 e 10 de setembro: entre as 19h00 > 20h30
Acesso aos concertos agendados para as 21h00: "La Jetée", de Chris Marker, por Filipe Melo e João Pereira com Beatriz Batarda e "I don’t want to be a man", de Ernst Lubitsch, por Nuno Costa e Óscar Graça
Partidas do Parque de Monserrate
- 8, 9, 10, 15, 16 e 17 de setembro: desde o final do concerto até ao transporte do último participante
Sobre a Parques de Sintra - Monte da Lua
A Parques de Sintra - Monte da Lua, S.A. (PSML) é uma empresa de capitais exclusivamente públicos, criada em 2000, no seguimento da classificação pela UNESCO da Paisagem Cultural de Sintra como Património da Humanidade. Não recorre ao Orçamento do Estado, pelo que a recuperação e manutenção do património que gere são asseguradas pelas receitas de bilheteiras, lojas, cafetarias e aluguer de espaços para eventos.
Nos últimos dez anos, as áreas sob gestão da empresa (Parque e Palácio Nacional da Pena, Palácios Nacionais de Sintra e de Queluz, Chalet da Condessa d’Edla, Castelo dos Mouros, Palácio e Jardins de Monserrate, Convento dos Capuchos e Escola Portuguesa de Arte Equestre) receberam cerca de 25 milhões de visitas.
A PSML é detentora de dez World Travel Awards para Melhor Empresa do Mundo em Conservação, que venceu consecutivamente entre 2013 e 2022.
São acionistas da PSML a Direção Geral do Tesouro e Finanças (que representa o Estado), o Instituto da Conservação da Natureza e Florestas, o Turismo de Portugal e a Câmara Municipal de Sintra.
Toda a informação sobre a Parques de Sintra pode ser consultada em www.parquesdesintra.pt, em www.facebook.com/parquesdesintra e em www.instagram.com/parquesdesintra.
Sobre a Clave na Mão
Criada em abril de 2019, a Clave na Mão nasceu da percepção de que muitos músicos encontram bastantes dificuldades em divulgar e promover o seu trabalho junto de promotores de concertos. Este quadro leva a que muitos criadores se vejam obrigados a assumir o papel de promotores e produtores dos seus espetáculos, retirando-lhes o tempo necessário para a actividade criativa, seja ela de composição ou de produção de registos musicais, e obrigando-os a “vestir” a pele de agentes, vendendo diretamente o seu trabalho, negociando cachets ou até resolvendo questões técnicas, áreas que devem ser laterais ao trabalho dos criadores e intérpretes.
De 2019 até agora, a Clave na Mão, para além do agenciamento de alguns dos mais criativos músicos e projetos nacionais, como Cantigas de Maio, Sul, Bernardo Moreira, Luís Figueiredo, Pedro Moreira, Rita Maria ou Afonso Pais, organizou e produziu festivais de jazz, como o LouresJazz ou O Jazz tem Voz!, cada um já com duas edições.
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