É uma carta de amor ao Cinema e à Espanha pós-franquista, que nos apresenta Antonio Banderas um actor ainda desconhecido no meio de um pelotão de atrizes possantes. A imagética é tão rica nas cores e composição que o filme é quase comestível. Uma refeição que antevê um Wes Anderson várias décadas depois. A trama bamboleia entre a farsa e a tragédia. O absurdo e uma sensibildade terna. Traços típicos do Almodóvar a qual já estamos habituados.

Foi nomeado Melhor Filme Estrangeiro para os Oscars, Globos de Ouro e BAFTA. E venceu o Melhor Argumento no festival de Veneza, e Melhor Filme nos prémios Goya. A nós resta-nos esperar pela matiné vintage de 24 de Março para sermos avassalados por esta comédia astuta e sensual.