Há algo de estrondoso na subtileza de Vasco Ribeiro. Talvez seja o tom que é peculiar, talvez seja a crueza ou a melancolia da cidade ou a história que se sente na lírica e na intenção com que tudo o que é cantado. Os Clandestinos são os ventos que sopram na mesma direção: há união na cantiga. Mesmo que na clandestinidade daquilo que se sente, daquilo que se vê e se ouve. Há muita intimidade na música de Vasco Ribeiro e tal como todos os segredos, tudo isso tem muita força. É a política da consciência, a força da palavra e o celebrar da cantiga. Talvez por isso, Vasco Ribeiro faça parte de uma nova geração de cantautores que orbita pela urbe de Lisboa, em especial. Depois de editarem “Mais Um Dia” (2020), apresentam agora "Formas de Estar", um álbum mais maduro e versátil, com forte influência do cancioneiro português e com tragos de folk, que se desdobra ainda pelo jazz, MPB, fado e música de protesto de vários pontos do globo.

Para além da formação base, constituída por Vasco Ribeiro (voz,guitarra), Rafael Castro (guitarra elétrica, 2ª vozes), Francisco Nogueira (baixo,contrabaixo), Henrique Rosário (piano, teclados, acordeão) e António Gonçalves (bateria, permissões), poderemos ainda contar com a presença de tantos outros Clandestinos e Clandestinas, no coro de sopros e no coro de vozes.

O concerto de abertura ficará ao encargo dos Bicho Carpinteiro (@bichocarpinteiro.folk), projeto de neo-folklore, trad-core e agro-dance, que transformam as suas visões criativas em manifestos de palco originais, misturando samples de vozes de recolhas do Portugal profundo, com fado e chula, e duelos de viola em ritmos pulsantes.

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Fonte: AgendaLX