"É de Cultura como instrumento para a felicidade, como arma para o civismo, como via para o entendimento dos povos que vos quero falar"

Conferências

Pedagogia da memória, lembrar para desaprender: notas a partir do projeto Sala Colonial

Conferência por Catarina Simão.

11 Mai 2024  |  15h00

Anfiteatro do Museu de Arte Contemporânea / Centro Cultural de Belém
Praça do Império, 1449-003 Lisboa
Preço
Entrada livre
Em 1980, a direção do antigo Liceu de Lamego entregou ao museu da cidade cerca de 300 artefactos africanos que faziam parte do espólio da Sala Colonial existente naquela escola desde 1938. A Sala Colonial foi um modelo escolar de exaltação nacional que, durante o Estado Novo, serviu a propaganda do «Império Português em África». No pós-25 de abril, a desativação dessa sala constituiu um primeiro gesto para se desembaraçar das marcas desse episódio singular de pedagogia fascista e racista. Mas os problemas profundos ligados à descolonização permaneceram no modelo pedagógico de conhecimento «sobre África», estendendo-se transversalmente às práticas museográficas e de arquivo, absorvidas pela inércia geral do modo pensante cristalizado nos instrumentos de classificação e de acesso. Em 2022, a convite do Museu de Lamego e da Escola Secundária de Latino Coelho — o antigo Liceu de Lamego —, este episódio foi problematizado por via de um projeto iniciado pela artista portuguesa Catarina Simão. 50 anos passados sobre o 25 de Abril de 1974, muito tem falhado no exercício de reconhecer e exorcizar o nosso legado colonial. É no aspeto confessional do seu arquivo, no confronto da sua exposição, que deveria, por fim, residir a força para colocar a nossa história ao serviço das exigências antirracistas de hoje.

Evento enquadrado no ciclo de conferências
Conferências Anuais CCB/CICANT_ECATI
Outros Espaços – As margens da Liberdade, 2024

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