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O azulejo em viagem entre Portugal e Japão
“Azulejo em Viagem 1998>2015” e “Diário Gráfico em Azulejo” são a exposição e o workshop que o Museu do Oriente, em colaboração com a Galeria Ratton, organiza, em janeiro, para mostrar como esta arte tradicional portuguesa foi terreno fértil para a criação artística, num encontro entre Ocidente e Oriente.



10 Jan a 19 Mar 2017
Enquadrada pela secular ligação entre o Japão e Portugal, a exposição “Azulejo em viagem 1998>2015” propõe, a partir de 26 de janeiro, uma abordagem cronológica, organizada em cinco núcleos, da relação dinâmica e progressiva do artista Jun Shirasu com o nosso país e a tradição da azulejaria.
A exposição constrói um percurso através das obras em azulejo e gravura, integrando também materiais gráficos, filmes e textos críticos que documentam o processo de exploração criativa de Jun Shirasu em azulejo, iniciado em 1998 a convite da Galeria Ratton e do artista Bartolomeu Cid dos Santos, seu professor de gravura na Slade School, em Londres, para o apoiar na intervenção artística em azulejo para a Estação Ferroviária do Pragal.
Momento simbólico desta exposição é a apresentação de um painel de Bartolomeu Cid dos Santos que, tendo por base os textos de Fernão Mendes Pinto, narra a chegada dos portugueses ao mar da China e ao Japão. No total, são apresentados nesta exposição 36 painéis de azulejo (incluindo grandes formatos), 96 azulejos individuais e 12 gravuras em técnica mista.
Para dar a conhecer as suas técnicas de pintura e método de trabalho, o artista japonês orienta o workshop “Diário Gráfico em Azulejo” – nos dias 10, 11 e 12 de janeiro – juntamente com Andreas Stöcklein (Alemanha) e Tiago Montepegado (Galeria Ratton - Portugal) encarregue de apresentar os artistas e o enquadramento do workshop com a exposição.
Ambos os artistas estrangeiros, representados pela galeria Ratton, tiveram contacto com o azulejo, pela primeira vez, em contexto idêntico: o da viagem. No caso de Jun Shirasu, foi no seguimento do convite para dar apoio na realização da intervenção artística para a estação Ferroviária do Pragal. Já Andreas Stöcklein apaixona-se pelo azulejo numa viagem a Portugal, na fase final do seu curso de Belas-Artes em Düsseldorf, encontrando em Lisboa, pela primeira vez, o azulejo como revestimento integral de fachadas e interiores. Desde 1991, a convite da galeria Ratton, tem a oportunidade de realizar importantes trabalhos de arte pública.
Em três sessões, os participantes têm a oportunidade de experimentar várias técnicas de pintura de azulejo e são desafiados a criar 12 exemplares.