A iniciativa, que será de entrada livre sujeita à lotação da sala, realiza-se na sequência do Dia Internacional de Monumentos e Sítios, comemorado a 18 de abril, e cujas atividades aconteceram em Portugal durante o mês de abril.  A conferência vai ser composta por dois casos de estudo internacionais, um com enfoque em catástrofes e outro nos conflitos, e uma apresentação nacional sobre o projeto Blue Shields Portugal. (VER PROGRAMA)

Dominique Jager, Conselheiro da Delegação de Inspeção, Investigação e Inovação de Segurança do Ministério da Cultura, de França, fará a apresentação do Plano de Ação de Segurança para as Catedrais. Uma ferramenta para melhorar a segurança dos edifícios com valor patrimonial. Implementado pelo Ministério da Cultura francês em 2020, na sequência do incêndio da catedral de Notre Dame de Paris, este plano de ação tem como principal objetivo melhorar o nível de segurança das 89 catedrais e igrejas pertencentes ao Estado.

Já Pedro Cantor, 1492 Heritage Engineering, consultor da UNESCO, trará uma comunicação sobre Preservação de Património em Zonas de Conflito Armado: o exemplo ucraniano. O especialista falará sobre como os conflitos armados ameaçam não só as pessoas, mas também o seu património cultural, pelo que importa analisar os desafios e as formas de proteger o património em tempos de guerra, com base no exemplo ucraniano. Quais são os principais riscos para o património em zonas de conflito? Que estratégias existem para documentar, proteger e restaurar sítios ameaçados?

Também em Portugal estão a ser desenvolvidos trabalhos no sentido da proteção do património cultural vulnerável e Ana Paula Amendoeira, Vice-Presidente do ICOMOS apresentará o projeto Blue Shield Portugal, estrutura transnacional que visa a prevenção do risco em bens culturais perante situações extremas.

Notas biográficas dos oradores internacionais:

Dominique Jager

Conselheiro de prevenção e segurança para o sector do património no Ministério da Cultura.

Formado no corpo de bombeiros de Paris, ocupou vários cargos, tanto no corpo de bombeiros como no quartel-general, o que lhe deu uma sólida experiência operacional.

Depois de ter comandado a unidade de apoio e salvamento do corpo de bombeiros de Paris, integrou a Inspeção-Geral de Segurança Civil, no âmbito da Direção-Geral de Segurança Civil e Gestão de Crises, como inspetor (cargo que lhe permitiu participar na avaliação dos serviços de bombeiros e salvamento), e depois o Ministério da Cultura como conselheiro de segurança contra incêndios para museus. Diplomado pelo Corpo de Bombeiros de Paris, desempenhou vários cargos, tanto em corpos de bombeiros como em quartéis, o que lhe confere uma sólida experiência operacional.

Depois de ter comandado a unidade de apoio e salvamento do corpo de bombeiros de Paris, ingressou na Inspeção Geral de Segurança Civil, no âmbito da Direção Geral de Segurança Civil e Gestão de Crises, como inspetor (cargo que lhe permitiu participar na avaliação dos serviços de incêndio e salvamento), e depois no Ministério da Cultura como conselheiro de segurança contra incêndios para museus.

Atualmente, na Delegação de Inspeção, Investigação e Inovação da Direção-Geral do Património e da Arquitetura, está particularmente envolvido na implementação do plano de ação de segurança para catedrais, bem como de planos de proteção de bens culturais para estabelecimentos com valor patrimonial.

Pedro Enrique Cantor

1492 Heritage Engineering, consultor da UNESCO

Engenheiro Civil pela Universidade de Los Andes, com Mestrado em Análise Estrutural em Construções Históricas (SAC) pela Universidade do Minho, é atualmente candidato a Doutoramento na Universidade de Lisboa. Com mais de 10 anos de experiência na área da engenharia de estruturas, tem-se especializado na conservação do património histórico, aliando os seus conhecimentos técnicos a um profundo compromisso com a preservação cultural.

Nos últimos dois anos, Pedro Cantor tem sido consultor do ICCROM (Centro Internacional para o Estudo da Preservação e Restauro de Bens Culturais) no projeto First Aid and Resilience for Cultural Heritage in Times of Crisis (FAR), e da UNESCO, centrando-se na proteção e conservação do património cultural na Ucrânia devido à invasão russa. O seu trabalho tem sido fundamental para o desenvolvimento de estratégias de resposta a crises e para a aplicação de medidas (sistemas de monitorização e avaliação de danos) destinadas a atenuar o impacto dos conflitos armados nos bens culturais.

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