Música
Cantata dedicada a Santo Agostinho assinala criação da Diocese de Leiria-Fátima
A Diocese de Leiria-Fátima promove no dia 22 de maio, dia da sua criação, o primeiro de três concertos da cantata “Santo Agostinho – O cantor da sede de Deus”, do compositor António Cartageno, com um coro de 70 vozes.

22 Mai 2025 | 21h30
Numa informação enviada à agência Lusa, a diocese explicou que esta obra musical, que retrata o processo de conversão de Santo Agostinho (padroeiro da diocese, assim como Nossa Senhora de Fátima), vai ser apresentada em três concertos gratuitos, o primeiro no Teatro José Lúcio da Silva, em Leiria, no dia 22 (feriado municipal).
Seguem-se os concertos no Teatro Municipal de Ourém (23) e nas Capelas Imperfeitas do Mosteiro da Batalha (24). Todos começam às 21:30.
“Para a execução da obra foram convidados o tenor João Sebastião, um coro de 70 vozes coordenado pelo maestro José Leite e a Camerata de Cordas de Leiria, sob a direção do maestro Alberto Roque”, adiantou a diocese.
Esta iniciativa, realizada com o apoio das Câmaras de Leiria, Ourém e Batalha, entre outras instituições e associações, integra o “atual projeto pastoral diocesano (2023-2026), que destaca a condição batismal de todos os cristãos”.
“A cantata narra a intensa busca espiritual de Santo Agostinho, culminando no seu batismo, momento decisivo para a sua vida e para a História da Igreja e da cultura ocidental”.
A entrada é gratuita, mas é necessário que os interessados em participar façam previamente o levantamento dos bilhetes nos teatros de Leiria e Ourém. Já na Batalha, é até à capacidade do espaço.
À agência Lusa, o vigário-geral da diocese, padre Armindo Janeiro, afirmou que há 21 anos se celebrou o Ano Agostiniano, com duas dezenas de iniciativas, para dar a conhecer o padroeiro.
Um congresso, jornadas, concertos, exposição de arte sacra e outros eventos, incluindo esta cantata dedicada a Santo Agostinho, fizeram parte da programação.
“Quisemos agora tornar a apresentar a cantata em três concertos, para divulgar a vida de Santo Agostinho, figura incontornável na Igreja e na cultura ocidental”, acrescentou.
Santo Agostinho nasceu em 13 de novembro de 354, em Tagaste, actual Sukh-Ahras, na Argélia, e morreu em 28 de agosto de 430, de acordo com informação no sítio na Internet da Diocese de Leiria-Fátima.
A Ordem de Santo Agostinho, à qual o novo Papa, Leão XIV, pertence, foi criada em 1244 com a Bula “Incumbit nobis”, do Papa Inocêncio IV, que uniu os diversos grupos eremíticos espalhados por Itália, pedindo-lhes que adotassem um mesmo estilo de vida e a Regra de Santo Agostinho, que inclui, entre outros princípios, a pobreza, a obediência, o desapego do mundo, a repartição do trabalho e a caridade.
De acordo com a diocese, foi o Papa Paulo III, com a bula “Pro excellenti”, que, em 22 de maio de 1545, criou a Diocese de Leiria, separando-a de Coimbra e do priorado-mor do Mosteiro de Santa Cruz da mesma cidade. O pedido foi feito pelo rei D. João III.
“Extinta por motivos políticos em 1882, foi restaurada em 1918”, um ano após os acontecimentos na Cova da Iria, esclareceu a mesma fonte, referindo que, em 1984, a sua designação passou a incluir Fátima.
A Diocese de Leiria-Fátima está dividida em 73 paróquias, pertencentes aos concelhos de Leiria, Marinha Grande, Batalha, Porto de Mós, Ourém e parte dos concelhos de Pombal, Alcanena e Alcobaça.