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Festivais

Palheta Bendita 2025

De 13 a 15 de junho, o Parque Urbano de Geão recebe aquela que será a 19ª Edição do Palheta Bendita, uma co-organização da Associação Cultural Tirsense e da Câmara Municipal de Santo Tirso.

13 Jun a 15 Jun 2025

Parque Urbano de Geão
Santo Tirso
Preço
Entrada livre
Durante três dias, o festival promete ser um lugar de partilha e interculturalidade, constituído pelo ambiente sonoro de múltiplos instrumentos provenientes de diferentes culturas da Europa e de África, transformando-se num lugar de música, natureza e conhecimento. A entrada é gratuita e são esperados cerca de 10.000 visitantes.

Desde a sua criação, em 2005, que o festival tem vindo a crescer, sempre com o objetivo de valorizar a diversidade das práticas musicais e dos instrumentos musicais populares de Portugal e do mundo. Este ano, são sete os países representados na programação, com incidências nos continentes europeu e africano.

O festival arranca a 13 de junho, a partir das 19h00, com uma arruada protagonizada pelos alunos da Escola de Música Tradicional da Ponte Velha que, desta forma, abrem caminho à programação no Parque Urbano de Geão. A primeira proposta musical faz-se ouvir a partir das 21h30 e chega-nos de França. Compostos por quatro músicos, os La Machine apresentam um som único, compacto e cativante que combina a sanfona e as gaitas de fole com o groove tribal e oscilante da percussão e do contrabaixo. Segue-se uma estreia com o o duo da região gelada de Stavanger, Naaljos Ljom, focado em misturar a música folclórica tradicional norueguesa com a música eletrónica. A fechar o palco, e em trânsito entre Lisboa e Cabo Verde, Fidju Kitxora evoca as vozes passadas, presentes e futuras da diáspora, misturando a linguagem do funaná com o balanço do semba, as síncopes do kuduro e da afro-house com as demais miscigenações. 

Para quem ainda tiver energia, o Carpe Diem abre portas a um DJ set especial de Ricardo Coelho.

A 14 de junho, o palco da Palheta Bendita recebe a Banderinha Panafrikanista, um coletivo artístico formado na Amadora por um conjunto de mulheres cabo-verdianas, trabalhadoras do setor da limpeza, que buscam reconstruir e fortalecer o DJUNTA-MÔ, uma filosofia e prática política que apela à unidade, solidariedade e compreensão mútua intergeracional através da palavra cantada e dançada. Depois de jantar, abraçamos a música do senegalês Momi Maiga que, com apenas 26 anos, se destaca como um virtuoso da kora, um vocalista habilidoso e um compositor autodidata com uma sensibilidade musical notável. Espera-nos um mix de jazz étnico e flamenco, com influências da música clássica europeia. O alinhamento prossegue com uma incursão a Itália, pela mão de Davide Ambrogio. O artista calabrês apresenta-se ao vivo com um espetáculo imersivo em torno da voz, utilizando, adicionalmente, a lira, a guitarra clássica, o tamborim, a flauta, a gaita de foles e instrumentos eletrónicos. A fechar o palco no segundo dia do programa, OMIRI, um dos mais originais projetos de reinvenção da música de raiz portuguesa, que mistura num só espetáculo práticas musicais já esquecidas com a linguagem da cultura urbana. A música prossegue já fora do recinto com uma foliada a cargo da Associação Amigos do Sanguinhedo.

No último dia, a 15 de junho, abrimos os braços para receber em palco os Xistra de Coruxo, também conhecidos como grupo de folk galego-minhoto. Pertencentes à Associação de Gaiteiros da Xistra desde 1988, centram o seu repertório na reinterpretação de velhas melodias herdadas de velhos gaiteiros e cantadoras do sul da Galiza e norte de Portugal. A programação fica completa com a habitual feira de construtores de instrumentos, que estará patente durante todo o evento, e com as oficinas, que têm lugar no sábado e domingo à tarde, dando a oportunidade aos participantes de experimentar a gaita de foles, a sanfona, o batuku e a caixa de guerra, para além de conhecer o processo de construção dos cabeçudos e da subina. Haverá, ainda, uma oficina de dança de pauliteiros e um espetáculo performativo de Marta Costa intitulado “Aceitas?”. Não é necessária inscrição prévia em nenhuma das oficinas.
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