E porquê? Pelos inevitáveis paralelos entre a escola de artes nova-iorquina que serve de cenário à história e a Act.

O musical, com libreto de Jose Fernandez, música de Steve Margoshes e letras de Jacques Levy, estreou-se em 1988 em Miami, na Flórida. Foi precedido por um filme (1980) e por uma série de televisão (exibida de 1982-88). Esta última talvez seja a memória mais presente que temos de Fame.

A narrativa começa com as audições para o próximo ano letivo do New York High School of Performing Arts. Um grupo de jovens, cheios de talento e sonhos, iniciam assim o percurso que os vai levar a uma carreira artística. No fim do caminho, são confrontados com as suas próprias expectativas, desilusões, medos e inseguranças.

António Pires, que será mais uma vez o encenador do espetáculo final da Act, começa a sua dramaturgia neste ponto de intersecção entre a ficção e a realidade. Os nossos alunos também se encontram num momento semelhante de dúvidas e incertezas, criando assim uma empatia quase autobiográfica entre atores e personagens.

Com 28 intérpretes em palco, a filosofia de António Pires é sempre criar um contexto em que todos possam «brilhar». Sem nunca abandonar a narrativa original, introduz textos de outras fontes que criam um diálogo com a temática de Fame e que dão a cada ator e atriz um momento que podem tornar seu; sem pesar na leveza do musical, confere ao espetáculo mais camadas.

Elenco Alunos finalistas da Act 2024/2025
Encenação António Pires
Direção musical Artur Guimarães
Direção vocal Sissi Martins
Coreografia Paula Careto

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