Exposições
Exposição 'Onde a Terra se Acaba'
A exposição propõe-se como um cruzamento de linguagens entre artes visuais e literatura contemporânea.

10 Jun a 13 Jul 2025
Central das Artes
Rua da Calçada, n.º 2, 2480 Porto de Mós
Preço
Entrada livre
No ano em que se assinalam os 500 anos do nascimento de Luís de Camões e os 35 anos do jornal Público , a exposição "Onde a Terra Se Acaba" propõe-se como um cruzamento de linguagens entre artes visuais e literatura contemporânea. Convocando o imaginário de Os Lusíadas como ponto de partida — epopeia de identidade, desassossego e viagem — a mostra reúne o artista plástico António Faria e o escritor Afonso Cruz, numa proposta inédita de diálogo artístico.
Partindo das suas contribuições para a edição especial do jornal Público, ambos os criadores prolongam aqui os seus gestos num território expositivo, onde o verso se torna imagem e a imagem se converte em narrativa. Através de pintura, instalação, texto, vídeo e registo editorial, a exposição investiga os sentidos contemporâneos da epopeia, revisitando figuras, mitos e geografias a partir da inquietação do presente. No centro da exposição estará a obra original de António Faria criada para ilustrar o Canto I da edição especial d'Os Lusíadas, publicada pelo Público. Esta obra, símbolo da travessia inaugural, abre o percurso da exposição e propõe-se como imagem-síntese de um novo gesto de leitura e reinvenção visual da epopeia camoniana.
Entre o Canto I e Porto de Mós
A exposição encontra a sua chave simbólica no Canto I, onde Camões invoca as Tágides para que lhe concedam “engenho e arte” para cantar os feitos da pátria. Este gesto inaugural, simultaneamente lírico e político, ressoa aqui através do trabalho de António Faria — o artista português que, na Galeria Escura da Central das Artes, invoca novas imagens para uma leitura crítica e sensível da história. A sua presença pode ser lida como um “chamamento contemporâneo”, onde Portugal é revisitado por dentro, com ironia e densidade poética, num tempo em que o passado ainda estrutura imaginários coletivos e disputas identitárias.
A ligação a Porto de Mós adquire especial relevância com a evocação do Canto VIII , estrofe 16, onde Camões recorda os feitos de D. Fuas Roupinho na defesa desta vila. Esta ponte entre história local e epopeia literária confere à exposição uma densidade territorial, resgatando o lugar enquanto espaço de resistência e memória.
Partindo das suas contribuições para a edição especial do jornal Público, ambos os criadores prolongam aqui os seus gestos num território expositivo, onde o verso se torna imagem e a imagem se converte em narrativa. Através de pintura, instalação, texto, vídeo e registo editorial, a exposição investiga os sentidos contemporâneos da epopeia, revisitando figuras, mitos e geografias a partir da inquietação do presente. No centro da exposição estará a obra original de António Faria criada para ilustrar o Canto I da edição especial d'Os Lusíadas, publicada pelo Público. Esta obra, símbolo da travessia inaugural, abre o percurso da exposição e propõe-se como imagem-síntese de um novo gesto de leitura e reinvenção visual da epopeia camoniana.
Entre o Canto I e Porto de Mós
A exposição encontra a sua chave simbólica no Canto I, onde Camões invoca as Tágides para que lhe concedam “engenho e arte” para cantar os feitos da pátria. Este gesto inaugural, simultaneamente lírico e político, ressoa aqui através do trabalho de António Faria — o artista português que, na Galeria Escura da Central das Artes, invoca novas imagens para uma leitura crítica e sensível da história. A sua presença pode ser lida como um “chamamento contemporâneo”, onde Portugal é revisitado por dentro, com ironia e densidade poética, num tempo em que o passado ainda estrutura imaginários coletivos e disputas identitárias.
A ligação a Porto de Mós adquire especial relevância com a evocação do Canto VIII , estrofe 16, onde Camões recorda os feitos de D. Fuas Roupinho na defesa desta vila. Esta ponte entre história local e epopeia literária confere à exposição uma densidade territorial, resgatando o lugar enquanto espaço de resistência e memória.