Teatro
TRIBO apresenta “ÚTERO-TEATRO” na Ericeira
É o terceiro espetáculo original que o Colectivo A TRIBO apresenta este ano. “ÚTERO-TEATRO” sobe ao palco do auditório da Casa de Cultura Jaime Lobo e Silva na Ericeira nos dias 14 e 15 de junho. São três sessões: dia 14 às 21h30 e dia 15 às 16h30 e 21h30.

14 Jun a 15 Jun 2025
O grupo que se vai apresentar no palco da Casa de Cultura é heterogéneo, com 24 pessoas dos 14 aos 60 anos. Pelo que se lê na sinopse, todas estas pessoas vão ser “filhas de Vénus”, portanto, partilham o mesmo útero e encontram-se no teatro… Ou será o Teatro esse útero? Ao longo de nove meses, exatamente o mesmo tempo que o de gestação, este grupo de pessoas criou este espetáculo que vai estar em cena na linguagem própria deste coletivo de teatro comunitário. Ao longo da sua existência, a TRIBO tem proporcionado à comunidade a oportunidade de criar a partir do individual e do coletivo e apresenta criações originais que tocam o público.
“Este grupo é forte, extraordinário e autêntico e isso vê-se na presença e disponibilidade que têm demonstrado ao longo destes meses de criação deste espetáculo que encerra o nosso tríptico e é sobre a coisa mais preciosa, que nos enriquece tanto, e que também nos dá tantas dores de cabeça: pessoas”, sublinha Daniela Simões.
O bilhete para assistir ao “ÚTERO-TEATRO” da TRIBO, custa o donativo de 8€ e basta reservar através do email geral@colectivoatribo.pt ou do número de telemóvel 910672458.
Sinopse ou coisas que ‘explicam’ o espetáculo “ÚTERO-TEATRO”
ÚTERO-TEATRO é um espetáculo sobre as 24 filhas de Vénus: o ato de nascer, de chegar ao mundo e tornar-se pessoa. É um espetáculo sobre 24 pessoas que fazem teatro juntas.
PARTO
Vinte e quatro irmãs. Todas filhas da mesma mãe – Vénus. Uma mãe que se transforma, a cada filha que lhe nasce. Uma mãe inteira, uma mãe poética e universal. Vinte e quatro filhas nascidas de um útero-igual. Tantas irmãs, nascidas da mesma casa-comum. Filhas de Vénus – deusa mundial. Mulher-deusa que se dá aos dias e que, como eles, é sempre diferente.
PLACENTA
Viver dentro do útero-casa. A responsabilidade de ser quem alimenta: oxigénio e nutrientes. É, antes de tudo, sobre viver.
PESSOAS
Nascer para se ser quem se é. Existir num mundo onde, inevitavelmente, se aprende com quem se conhece. As pessoas acrescentam-nos sempre qualquer coisa. Cada pessoa é diferente, única e irrepetível: nasça de que útero for. Cada pessoa é um monte de coisas infinitas e especiais. Aprender, aqui e ali, que é muito libertador ser-se uma pessoa – autêntica.
(No teatro.)
Caminhar, a par e passo com quem não se conhece. Começar a conhecer partes secretas das outras pessoas, e por isso, começar a revelar partes importantes de quem somos.
Somos pessoas – todas nós – impossíveis de copiar.
(Não haverá forma de substituir o teatro. Venha a tecnologia que vier.)
Nascer para tentar ser quem se é. Insistir. Existir num mundo que não se repete e num ensaio que não se repete. Vinte e quatro pessoas: todas nascidas de um útero diferente. Vinte e quatro pessoas: nascidas de um útero-teatro.
Agenda de 2025 da TRIBO
O último espetáculo a estrear este ano pelo Colectivo A TRIBO chama-se “LIVROS EM CONSTRUÇÃO”, foi criado pelo mais recente grupo da TRIBO, no Milharado, e acontece no Auditório do Parque Urbano da Póvoa da Galega dia 21 de junho às 21:30 e dia 22 às 16:30. Este grupo conta com 17 pessoas dos sete aos 59 anos e foi criado ao abrigo da Operação Integrada Local (OIL) da Freguesia do Milharado.
Com estreia prevista para o final deste ano há também um documentário sobre o processo criativo do Colectivo A TRIBO. Desde 2013, já passaram pelo único grupo de teatro comunitário de Mafra centenas de pessoas dos 7 aos 80 anos. No ano do seu 12.º aniversário, A TRIBO alcança as 36 criações originais, das quais 32 são espetáculos de teatro e quatro são documentários.