Estamos num terminal de autocarros. Lugar de chegada ou de partida? Sabemos apenas que é um lugar de espera. As dezasseis personagens que o habitam contam histórias entre si, enquanto a hora da partida, não se sabe para onde, não chega. Em Babel, a espera promove a reflexão e o questionamento sobre a identidade da sociedade portuguesa hoje e sobre as comunidades que existem no país.

Com encenação de Nuno Cardoso, que também assume a dramaturgia, a cenografia e os figurinos do espetáculo, Babel reúne dois atores profissionais, Sérgio Sá Cunha e Telma Cardoso, com um conjunto de convidados, onde se incluem artistas, alunos e membros de comunidades estrangeiras vizinhas dos teatros São João e Carlos Alberto. E ainda seis jovens músicos de bandas filarmónicas da região Norte.

Com eles, Nuno Cardoso construiu um texto que parte de Os Lusíadas enquanto parábola, inspirando-se na estrutura do texto matricial de Camões para construir um percurso pela Cidade e pela portugalidade em várias estações. Os catorze novos atores foram selecionados ao longo de cinco fins-de-semana do Atelier 200, que decorreu entre fevereiro e abril no Mosteiro de São Bento da Vitória.

Esta viagem inquisitiva pela comunidade e pela língua portuguesas estreia-se simbolicamente a 10 de junho, Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, no Teatro Carlos Alberto, onde fica em cena até 14 de junho. Na terça, quarta, quinta e sábado o espetáculo é às 19h00, na sexta-feira é às 21h00. A sessão do dia 14 de junho tem tradução em Língua Gestual Portuguesa e Audiodescrição. O preço dos bilhetes tem o custo de 12 euros.

Mais informações em tnsj.pt/babel.