Aqui, a cultura e a ecologia caminham lado a lado. É do respeito pela terra, pelo rio e pelas pessoas que brota esta celebração plural, diversa e profundamente ligada ao lugar. No Nascentes, o programa artístico é pensado como parte integrante do ecossistema local: vive-se com os pés na água, no meio da serra, entre hortas, caminhos e casas que acolhem de braços abertos quem chega. Cuidar do lugar é parte do espetáculo.

Num gesto de partilha e celebração, o Nascentes convida a reunir-se com a família, amigos e vizinhos para a projeção do documentário “Onde nasce o rio e morre o medo”, uma linda criação da Casota Collective. Este documentário acompanha, com olhar atento e sensível, os caminhos traçados pelo festival, dando voz à aldeia, às pessoas e às experiências vividas. Um momento para ver, ouvir e sentir o que nasce quando arte, natureza e comunidade se encontram.

Enquanto projeto de raiz comunitária, o Nascentesvolta também a dar especial atenção à programação infantojuvenil e familiar, com um alargado programa de oficinas criativas, apoiado pela Fundação Millennium bcp, que inclui oficinas de construção artística, cianotipia, culinária imaginária, pintura, escultura coletiva e objetos em movimento, pensadas para estimular a imaginação, a autonomia e o espírito colaborativo de todas as famílias.

Num convite à escuta profunda do lugar, Luís Antero volta a orientar os já emblemáticos passeios sonoros, onde a atenção ao som da paisagem transforma os participantes em intérpretes atentos de um território vivo. Caminhar pelas Fontes é, aqui, uma experiência artística e sensorial.

E é ao caminhar pelas Fontes que encontramos os traços do trabalho de Another Angelo, artista e ilustrador que, em residência no âmbito do Nascentes, mergulhou na aldeia, e entre encontros, passeios, conversas e abraços, criou várias mensagens de amor espalhadas pela aldeia que refletem os ritmos, afetos e as suas memórias do lugar.

Este ano nasce um novo momento: o Desabafar. Um tempo para abrandar, sentar à mesa com desconhecidos e conversar, ou simplesmente escutar. Entre histórias, pensamentos e silêncios partilhados, brindamos com um copo de “abafado” e deixamos que a vida aconteça, devagar.

Como já vai sendo tradição no Nascentes, é à mesa que se celebra um dos momentos mais especiais do festival: a Jantarada d’Aldeia. Um jantar comunitário, servido ao ar livre, que volta a juntar vizinhos, artistas e visitantes em torno dos sabores da terra e do prazer de estar juntos. Entre pratos partilhados e conversas demoradas, renova-se o espírito de união que dá vida à aldeia das Fontes.

A edição de 2025 traz uma programação musical que se cruza com o mundo - desde sonoridades africanas à eletrónica cósmica, da dança tropical à vanguarda. São vozes e ritmos que se ligam em harmonia com o lugar que os recebe, e que trazem ao festival a urgência da palavra, do corpo e dos sentidos, entre os destaques temos: The Zawose Queens, HENGE, Jibóia, Freakin’ Disco, Landrose, Smag På Dig Selv, Los Sara Fontan, Candeleros, Ölivias, Fidju Kitxora, Djonsaba Kanuté, Jorge Rosa & Kambanda, Mindelo, Ligados às Máquinas e as residências de criação sonora de Carincur & João Pedro Fonseca + Coro das Fontes e João Maneta & Pedro Marques. Todas as intervenções respeitam a natureza e são pensadas para minimizar o impacto ambiental e respeitar a relação com o meio envolvente.

No Nascentes cada gesto conta, cada som nos aproxima… porque aqui, cuidar é celebrar, e celebrar é amar.

O NASCENTES é um evento de acesso livre (excepto a Jantarada d’Aldeia e o Desabafar) e os detalhes sobre o mesmo podem ser consultados em https://www.nascentes.pt/.

O Nascentes é uma iniciativa da CCER MAIS, CRL / Omnichord desenvolvida em estreita parceria com os habitantes das Fontes e a Associação Cultural e Recreativa Nascentes do Lis. Conta com o co-financiamento do Governo de Portugal – Ministério da Cultura / Direcção-Geral das Artes e o apoio do Município de Leiria.

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