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Cinema e Vídeo

Alain Delon, a virtude do silêncio

Cinemateca Portuguesa apresenta retrospetiva Alain Delon em colaboração com a Festa do Cinema Francês. Uma oportunidade para rever em outubro os principais filmes de um dos ícones máximos do cinema francês e europeu.

2 Out a 31 Out 2025

Cinemateca Portuguesa
Rua Barata Salgueiro, nº 39 — 1250-165 Lisboa

No próximo mês de outubro a Cinemateca Portuguesa-Museu do Cinema, em colaboração com a Festa do Cinema Francês, programa o ciclo "Alain Delon, a virtude do silêncio", uma retrospetiva que pretende homenagear um dos ícones máximos do cinema francês e europeu dos anos 1960, que marcou inúmeras e variadas gerações de cinéfilos e que nos deixou há precisamente um ano.

A retrospetiva Alain Delon (1935-2024) contará com cerca de duas dezenas de títulos. Dos espetadores de um cinema mais popular aos adeptos do cinema dito de autor, poucos ficaram indiferentes à sua presença felina e magnética, por vezes simplesmente silenciosa, como tão bem soube captar Jean-Pierre Melville, o mais americano dos realizadores franceses, numa das suas obras-primas Le Samouraï (1967).

Este conjunto de sessões percorre as várias facetas do ator que primeiro encarnou a enigmática personagem de Tom Ripley, o mestre do disfarce, no filme Plein soleil (1960), de René Clément, num percurso que passa pelo encontro com grandes mestres do cinema mundial: de Antonioni em L’Éclisse (1962) a Zurlini em La prima notte di quiete (1972); de Godard com Nouvelle Vague (1990) a Losey com Monsieur Klein (1976); passando por Le Samouraï (1967) e Pour la peau d’un flic (1981) de Jean-Pierre Melville e Rocco e i suoi fratelli (1960) e Il Gattopardo (1963) de Luchino Visconti, dois dos cineastas que melhor o filmaram.

Da retrospetiva Alain Delon, a virtude do silêncio, fazem ainda parte filmes como L’Insoumis (1964) de Alain Cavalier, Girl in the Motorcycle (1968) filme realizado por Jack Cardiff que o juntou a Marianne Faithfull no grande ecrã, La Piscine (1968) de Jacques Deray que reuniu Delon e Romy Schneider, antigos amantes, o que na época gerou enorme curiosidade mediática, ou o sucesso de bilheteira Borsalino, também realizado por Deray, sobre as aventuras de dois gangsters, interpretados por Delon e Jean-Paul Belmondo.

A programação integral da Festa do Cinema Francês 2025 será revelada muito brevemente. A 26ª edição vai realizar-se várias cidades portuguesas, estando já confirmada a programação em Lisboa (2 a 31 de outubro), Porto (1 a 30 de outubro), Coimbra (8 a 11 de outubro), Lagos (13 a 17 de outubro), Almada (14 a 18 de outubro), Beja (11 e 12 de novembro) e Setúbal (27 a 30 de novembro).

Festa do Cinema Francês é organizada pela Associação Il Sorpasso, em parceria com a Embaixada de França em Portugal, o Institut Français du Portugal e a rede das Alliances Françaises em Portugal. O festival integra ainda o programa MaisFRANÇA, dedicado à promoção da criação contemporânea francesa em território português.

Entre os parceiros confirmados, destacam-se a Claude et Sofia Marion Foundation, o BNP Paribas, a Peugeot, a Fundação Inatel e a CaixaForum+.


 

Retrospetiva Alain Delon, a virtude do silêncio

Quand la femme s'en mêle, Yves Allégret, 1957, 90'
Plein soleil, René Clément, 1960 115’
Rocco e i suoi fratelli, Luchino Visconti, 1960 177’
Mélodie en sous-sol, Henri Verneuil, 1962 118’
L’Éclisse, Michelangelo Antonioni, 1962 125’
Il Gattopardo, Luchino Visconti, 1963 205’
L’amour à la mer, Guy Gilles, 1964 73’ + Le Journal d’un combat, Guy Gilles, 1964 c/m 18’ (voz)
L’Insoumis, Alain Cavalier, 1964 114’
Texas across the River, Michael Gordon, 1966 101’
Le Samouraï, Jean-Pierre Melville, 1967 95’
Girl in the Motorcycle, Jack Cardiff, 1968, 90’
La Piscine, Jacques Deray, 1968 100’
Le Clan des Siciliens, Henri Verneuil, 1969 125’
Borsalino, Jacques Deray, 1969 125’
Le cercle rouge, Jean-Pierre Melville, 1970 140’
La prima notte di quiete, Valerio Zurlini, 1972 90’
Monsieur Klein, Joseph Losey, 1976 123’
Pour la peau d’un flic, Alain Delon, 1981 105’
Nouvelle Vague, Jean-Luc Godard, 1990 90’ + Le Musée du cinéma Henri Langlois, Jacques Richard, 1998 c/m 4’ (voz)
Le jour et la nuit, Bernard Henri-Lévi, 1996 108’



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