O Capitólio, no Parque Mayer, em Lisboa, apresenta o espetáculo Ifigénia, no dia 19 de novembro numa iniciativa da Embaixada de Espanha, com o apoio do Instituto Cervantes e a parceria do Festival Internacional do Teatro Clássico de Mérida.  

O espetáculo Ifigénia, estreado no ano passado na 70.ª edição do Festival de Mérida e regressado este ano ao Teatro Romano de Mérida, é inspirado em três tragédias clássicas: Ifigénia em Áulis e Hécuba, de Eurípides, e Agamémnon, de Ésquilo. 

A autora, Sílvia Zarco, descreve a peça como “uma obra sobre o custo altíssimo que as mulheres tiveram de pagar para que os homens alcançassem a glória”. A criação, acrescenta, pretende lançar “perguntas abertas aos espetadores”, com o objetivo de “incendiar consciências” e promover a reflexão através do teatro. 

O espetáculo é também um reencontro no palco de Juanjo Artero e María Garralón, dois dos atores protagonistas da série televisiva Verão Azul.   

O Festival Internacional de Teatro Clássico de Mérida é o mais antigo do género em Espanha e um dos mais prestigiados a nível mundial. Realiza-se todos os anos, nos meses de julho e agosto, no histórico Teatro Romano de Mérida — considerado o teatro em funcionamento mais antigo do mundo — e, nos últimos anos, tem alargado a sua programação a outros países. 

Na sessão de apresentação da programação da edição de 2025, que decorreu em junho no Teatro Romano – Museu de Lisboa, o diretor do festival, Jesús Cimarro, destacou que “o Festival de Mérida é um dos grandes referentes teatrais e culturais, não apenas na Estremadura e em Espanha, o que permite fortalecer laços de união com outras cidades que, como é o caso de Portugal e Lisboa, partilham profundas raízes culturais e sítios arqueológicos de referência, como parte da província romana da Lusitânia, construindo pontes entre o antigo e o contemporâneo”. 

Para Joaquim René, diretor do Capitólio e do Teatro Variedades, “acolher ‘Ifigénia’ em Lisboa é mais do que receber um espetáculo: é abrir as portas a um diálogo artístico. É também um convite ao público português para reencontrar as tragédias clássicas sob uma lente contemporânea e urgente. Este momento reveste-se de especial simbolismo, pois relembra a ponte cultural que sempre existiu no Parque Mayer.  No passado era usual este espaço acolher companhias e artistas espanhóis, que traziam produções diversas ao Parque Mayer, enriquecendo a cena cultural lisboeta e consolidando este espaço como um ponto de encontro de diversas culturas.” 

Bilhetes: 10€
À venda na BOL e nos locais habituais. 

Duração: 90 min.
Classificação etária: M/12