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Literatura

"Feliciter Ardet (Arde com Felicidade) Novos Poemas do Amor e do Vinho" e "Rubá'iyat Poemas do Amor e do Vinho 77 poemas para ler e degustar"

Vai ser lançado na Adega 23, em Sarnadas de Rodão, Vila Velha de Rodão, no próximo dia 27 de setembro de 2025 o novo livro de poesia de Gonçalo Salvado que junta num só volume dois títulos, ilustrados com desenhos dos escultores Francisco Simões e José Rodrigues respetivamente.

© Joaquim Brito

27 Set 2025

Adega 23
Estrada dos Amarelos, 6030-113 Sarnadas de Ródão
Preço
Entrada livre

A obra tem chancela da RVJ editores e conta com o apoio e o patrocínio da Câmara Municipal de Castelo Branco. A apresentação ficará a cargo da crítica de arte e poeta Maria João Fernandes. 

Feliciter Ardet (Arde com Felicidade) Novos Poemas do Amor e do Vinho
reúne poemas inéditos do autor com o tema do vinho no contexto amoroso e erótico,  reproduz no título um verso do poeta latino Ovídio (43 a.C. - c. 18 d.C.), e pretende homenagear a obra mais emblemática deste poeta, a Arte de Amar, uma das mais célebres da poesia ocidental, que imortalizou o autor como “pedagogo do amor” e cuja tradução portuguesa, a primeira diretamente do original latino realizada pelo professor universitário e ensaísta literário  Carlos Ascenso André, foi recentemente distinguida com o Prémio D. Dinis.

Lembremos que na Arte de Amar, o vinho é um elemento recorrente e é visto por Ovídio como um dos auxiliares do amor. Não poucas vezes o poeta romano refere as suas virtudes e as enormes potencialidades que tem no processo de sedução e no amor. Para Ovídio, “O vinho põe o coração a jeito e torna-o pronto para a fogueira” Baco, o deus do vinho, “ajuda os amantes e alimenta o fogo em que ele próprio se inflama”. E a junção do amor com o vinho é descrita expressivamente por Ovídio: “Vénus no vinho é fogo no fogo”. Este verso, em epígrafe, abre o novo livro de Gonçalo Salvado. 

O livro é ilustrado com desenhos do escultor Francisco Simões, um dos mais emblemáticos representantes da expressão do amor e da sensualidade na arte portuguesa,  artista com o qual o poeta já colaborou noutras publicações. Inclui ainda um texto de abertura de Maria João Fernandes e um excerto crítico do escritor e ensaísta Miguel Real reproduzido numa das guardas. 

O vinho no contexto amoroso e erótico é igualmente o tema do livro Rubá'iyat Poemas do Amor e do Vinho 77 poemas para ler e degustar. Trata-se da primeira recolha antológica de poemas de Gonçalo Salvado, inicialmente publicada em 2017, em formato de livro/garrafa e inspira-se, homenageando-a, na obra com título homónimo atribuída ao poeta persa do século XI Omar Khayyam. Esta antologia com poemas de Gonçalo Salvado constituiu na altura o primeiro livro/garrafa editado em Portugal. 

O livro é ilustrado com desenhos do escultor José Rodrigues (uma colaboração da Fundação José Rodrigues, Porto) e enriquecido com grafismos do artista albicastrense Ambrósio Ferreira. 

Conta com prefácios do poeta e arabista Adalberto Alves, do crítico literário e poeta, recentemente falecido, Fernando Guimarães e de Maria João Fernandes. Reproduz ainda nas guardas e no marcador um excerto de um parecer crítico sobre o livro do professor e historiador da literatura portuguesa José Carlos Seabra Pereira (retirado da sua obra As Literaturas de Lingua Portuguesa Das Origens Aos Nossos Dias, de 2020, a mais completa e atualizada história da literatura portuguesa publicada entre nós) e outros pareceres dos escritores Mário Claudio e Manuel da Silva Ramos. Inclui ainda dois poemas em versão bilingue (português/árabe) com tradução para o árabe por Bahir Nabeel Yousif. 

Sobre a obra pronuciou-se Miguel Real: “Os poemas de Gonçalo Salvado são absolutamente maravilhosos. Ao louvar o amor e o vinho através da linguagem mais sagrada que existe, a da poesia, Gonçalo Salvado pratica uma espécie de rebelião para com o mundo de hoje tão desprovido de alegria, pratica um acto eminentemente subversivo.” 

Do texto de abertura de Maria João Fernandes salientamos: “Sabores e élan de uma sensualidade ardente e envolta no tecido requintado de infindas e sempre repetidas metáforas unem-se neste livro ao poder aurífico e alquímico do fogo. No crisol das sensações, na taça de um vinho partilhado e inesgotável como a sede que está na sua origem, arde um mistério maior que alimenta toda a poesia e a poesia deste autor, que tem vindo a consagrar-se como intérprete dos mais arcaicos sortilégios do amor.”

Do prefácio de Adalberto Alves citamos: “Os versos de Gonçalo Salvado captam, com rara felicidade, o fascínio de uma temática cara à poesia oriental, do género Khamriyya, ou seja, traduzindo à letra, vínica. Este tipo de poesia vive do cultivo recorrente das metáforas baseadas na similitude, assumida pelos poetas, entre a embriaguês provocada pelo amor e a provocada pelo vinho. Não é difícil encontrar na poesia de Gonçalo Salvado conseguidas formas de tal estro poético. (…) Gonçalo Salvado, um resiliente poeta do Amor, vai percorrendo, com segurança, a sua senda poética, nesta obra, na dimensão inconsútil e doce da união amante-amada. Que assim seja e que perdure!”

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