Exposições
Small Stories of Diasporic Experience
De Lisboa para Londres: fotógrafo Alex Paganelli apresenta retrato da diáspora afrodescendente de Lisboa em ecrã gigante na capital britânica.

27 Set a 8 Out 2025
A instituição já apresentou exposições de artistas de renome internacional como Mónica de Miranda, Zanele Muholi e Rotimi Fani-Kayode, entre outros.
A obra integra o projeto Small Stories of Diasporic Experience e será exibida, entre 27 de setembro e 8 de outubro, num dos maiores ecrãs digitais de Londres, localizado no Old Street Roundabout - um dos cruzamentos mais movimentados da cidade, conhecido pelas vibrantes cenas de startups, media e arte. A fotografia também fará parte da galeria online da instituição.
A imagem pertence ao projeto de longa duração em curso AFROPOLITANA, que investiga a identidade afrodescendente na Área Metropolitana de Lisboa. Segundo o autor:
“A câmara é um meio para estar num lugar que, de outra forma, não conheceria.
Neste projeto, fotografo diferentes bairros, numa descoberta constante da riqueza cultural que existe em cada um deles, especialmente num momento em que estas comunidades estão no centro dos debates públicos e políticos.”
A fotografia selecionada retrata Kiami, jovem angolano que deixou Luanda aos 24 anos para viver em Portugal, numa altura em que Angola se prepara para celebrar meio século de independência, no dia 11 de novembro.
Escolhida entre mais de 600 propostas internacionais, a obra destacou-se pela forma como combina estética contemporânea e reflexão crítica, projetando experiências afrodescendentes de Lisboa para o mundo.
Nos últimos anos, Alex Paganelli tem-se afirmado no campo da fotografia documental e autoral, tendo sido distinguido com o prémio de Melhor Série de Retratos no Prémio de Fotojornalismo Estação de Imagem, recebido uma Menção Honrosa no Prémio Novos Talentos FNAC e integrado o coletivo NARRATIVA e o Clube da Criatividade de Portugal (CCP).
Mais do que um reconhecimento artístico, esta presença em Londres reforça a importância de dar visibilidade às histórias afrodescendentes em Lisboa. A fotografia surge como ferramenta de reflexão, incentivando diálogos sobre identidade, pertença e memória.