"É de Cultura como instrumento para a felicidade, como arma para o civismo, como via para o entendimento dos povos que vos quero falar"

Exposições

Turn! Turn! Turn! de Maria Condado

A exposição resgata apenas o título da canção dos The Byrds, mas também se centra nas ideias de movimento, de ciclo e de que todas as coisas têm seu tempo e de que“tudo flui”, expressas na música.

27 Set a 6 Dez 2025

Carlos Carvalho Arte Contemporânea
R. Joly Braga Santos, Lote F – R/c 1600-123 Lisboa

Os versos têm origem no livro de Eclesiastes (3:1-8) da Bíblia e foi escrita e popularizada nos anos 60, no contexto da guerra do Vietnam. A música exerceu um impacto significativo nos movimentos sociais de contestação e de protesto pacifista, e um sentido de mobilização coletiva anti-guerra que influenciou a opinião pública e contribuiu para a retirada das tropas norte-americanas.

Tal referido na música, em Turn! Turn! Turn! a existência é uma sucessão dialética de opostos – nascer e morrer, plantar e colher, destruir e reconstruir – que não descreve nem apresenta os opostos mas convoca a uma urgência. Ainda que a canção possa ser interpretada como uma meditação poética sobre a transitoriedade da vida, o contexto e a força que obteve numa época de instabilidade revela o seu apelo direto à ação pacífica e à transformação social. Exemplo disso é a inserção nos textos bíblicos do verso “I swear it’s not too late” (Eu juro que ainda não é tarde demais) inserido por Pete Sieger que serviu como esse um apelo à urgência da mudança.

Ao convocar um período da história de conflitualidade social e engajamento político, Maria Condado não observa apenas o fluxo da história, a cadência cíclica da existência revela o seu caráter de compromisso com a realidade social e política, instigando a responsabilidade da arte ser um instrumento ativo de interpretação, intervenção e transformação da realidade do seu tempo.

Horário: Segunda a sexta, das 10h às 19h30, sábado, das 12h às 19h30.

Fonte: AgendaLX
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