Exposições
Xerazade, a Coleção Interminável do CAM
Sob a tutela e os auspícios de Xerazade, a protagonista da história milenar d'«As Mil e Uma Noites», o CAM propõe uma exposição da sua Coleção que se inspira no dispositivo ficcional dessa coletânea.

20 Set a 20 Set 2026
Através da evocação de facetas significativas que dão forma àqueles contos e que organizam a sequência expositiva em catorze núcleos, este olhar, naturalmente subjetivo, pretende também trazer a protagonista lendária, Xerazade, ao tempo presente, desalojando-a do seu contexto cultural específico.
Xerazade, a quem o Rei Xariar elogia a memória prodigiosa, tornou-se sinónimo de sedução pela palavra e pela narrativa infinita. Mas a sua rebelião simbólica situa-se, agora, para lá dessa capacidade de encantamento. O apelo forte à magia e à essencialidade da linguagem verbal na natureza humana e no espaço da identidade individual atravessam histórias, livros e obras de arte.
A Coleção do CAM cresce todos os anos através do seu programa de aquisições e apresenta agora a 65.ª mostra coletiva desde a sua inauguração, em 1983. A multiplicidade de histórias que a constituem e dos potenciais pontos de vista que as suas 12?000 obras já permitiram – e continuarão a permitir – na criação de exposições é, naturalmente, interminável.
Com Histórias de uma Coleção (2023), Linha de Maré (2024), a proposta de Leonor Antunes sobre a Coleção (2024) e agora com Xerazade, o CAM tem procurado mostrar aquisições recentes, assim como algumas obras com menor visibilidade habitual.
Contar, expor e colecionar são formas sobreponíveis de abrir espaço à ficção e à memória. Entendida como um livro (em) aberto, esta exposição será periodicamente alterada, com mudanças de núcleos e obras, procurando acertos com o tempo incerto das histórias e com o tempo complexo da História. O imperativo maior será sempre mantê-la viva.
Horário:
10h–18h sáb, 10h–21h
Encerra à terça