"É de Cultura como instrumento para a felicidade, como arma para o civismo, como via para o entendimento dos povos que vos quero falar"

Exposições

SPECTRUM – Do funcionamento dos relógios e outros padrões

SPECTRUM deriva de uma hipótese sobre o arquivo, como método para responder infinitamente a todas as questões. Imagine-se a Biblioteca de Babel de Jorge Luis Borges: uma estrutura onde se armazenam todas as combinações possíveis de letras do alfabeto, isto é, contendo todas as obras literárias do mundo, incluindo as que ainda não foram escritas, ou sequer imaginadas.

25 Out a 8 Mar 2026

Centro Português de Fotografia
Antiga Cadeia e Tribunal da Relação do Porto, Largo Amor de Perdição, 4050-008 Porto
Preço
Entrada livre
Juntando os arquivos (todos os fotógrafos inevitavelmente criam um) dos membros da Hélice, acumularam-se imagens que entretanto perderam a sua autoria, referência, função, pretexto ou legenda. Centenas de imagens recontextualizadas possibilitaram novas leituras nos seus intervalos formando relações inéditas.

Curadoria: Helice e The Cave Photography (Miguel Refresco e Rui Pinheiro)
Artistas: Duarte Amaral Netto, João Paulo Serafim, Rodrigo Tavarela Peixoto e Valter Ventura
Com: Carlos Lobo, Diogo Bento, Fernando Marante, Garcez da Silva, Humberto Brito, Katerina Poliacikova, Manuela Marques, Oleksandr Lyashchenko, Pedro Tropa, Sofia Silva, e Soraya Vasconcelos

Esta exposição tem o apoio à programação dos Encontros da Imagem de Braga.

Se anteriormente SPECTRUM se dedicou às questões em torno da luz, da sua vertente mágica, electromagnética, fantasmagórica ou poética; agora o arquivo está magnetizado para outro pilar do pensamento fotográfico: o tempo. Como anteriormente, esta pulsão não deve ser entendida de um ponto de vista meramente etimológico. Aqui o tempo, mais que cronológico, relativiza-se na diacronia fotográfica: ver instantes fixos e imutáveis, suspensos num tempo e num espaço que já não existem, esse tempo tem um nome – Duração.

Duração enquanto um sentimento perene que resiste nas pequenas coisas, pensado com ligação a Henri Bergson mas acima de tudo em Peter Handke – “Essa duração o que foi? Foi um espaço de tempo? Algo de mensurável? Uma certeza? Não a duração foi um sentimento, o mais fugidio de todos os sentimentos, que passa muitas vezes mais depressa que um instante, imprevisível, impossível de dirigir, impalpável, imensurável. (…) Para tais momentos de duração, permite-se usar um verbo especial, eles constelam-se.
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