Escrita entre 1929 e 1931, e estreada em palco apenas em 1959, a história de Santa Joana dos Matadouros passa-se em Chicago logo após o crash bolsista de 1929. Quando a economia ruiu, a miséria humana tornou-se matéria teatral para Bertolt Brecht.

No coração da história está Joana Dark, personagem inspirada em Jeanne d’Arc, que, animada pela fé religiosa, se junta aos trabalhadores na luta contra o desemprego e a miséria. Mas o seu idealismo colide com as engrenagens impiedosas do mercado. Brecht transforma esse embate numa parábola sobre o poder e sobre a forma como as boas intenções podem ser usadas para perpetuar a exploração.

Peça central do repertório brechtiano, Santa Joana dos Matadouros chega agora ao palco do Teatro Carlos Alberto numa encenação de Bruno Martins. O espetáculo reúne um elenco numeroso – Beatriz Wellenkamp Carretas, Carolina Rocha, Eduardo Breda, Flávio Catelli, João Cravo Cardoso, João Melo, João Miguel Mota, Lucília Raimundo, Pedro Couto e Telma Cardoso – para revisitar o teatro épico de Brecht num presente em que a precariedade e o desamparo voltam a ser quotidianos.

Santa Joana dos Matadouros é uma criação do Teatro da Didascália em coprodução com o Teatro Nacional São João, a Casa das Artes de Famalicão e o Cineteatro Louletano. Está em cena de 6 a 16 de novembro, no Teatro Carlos Alberto, com sessões quarta, quinta e sábado às 19h00, sexta às 21h00 e domingo às 16h00. Os bilhetes têm o custo de 12 euros.

Mais informações em tnsj.pt/santajoanadosmatadouros.