"É de Cultura como instrumento para a felicidade, como arma para o civismo, como via para o entendimento dos povos que vos quero falar"

Teatro

Opiário Cocteau - Uma Queda Horizontal

Partindo da obra Ópio – Diário de uma Desintoxicação (1930) e convocando outros territórios criativos de Jean Cocteau, artista multifacetado, o presente espetáculo propõe um périplo multidimensional pelo universo de uma das figuras mais marcantes do século XX.

4 Dez a 14 Dez 2025

Auditório da Quinta da Caverneira
Avenida Pastor Joaquim Eduardo Machado, Águas Santas . 4425-253 Maia
Embora frequentemente associado ao surrealismo, Cocteau recusou sempre pertencer a qualquer “escola artística”. Era o homem cujo coração girava ao contrário do costume, o homem a quem faltava um “dispositivo de fixação” e que o encontrou no ópio — não como via para abrir as portas da perceção, mas como recurso para suportar a “dificuldade de ser”.

Em 1928, contudo, uma segunda intoxicação empurra-o para o espaço exíguo de uma clínica. Ali, isolado, enfrenta as agonias do processo de desintoxicação; e aquilo que deveria ser um momento de cura transforma-se numa despedida da “papoila” que o embalava e o fazia voar numa montgolfière. A queda das pétalas torna-se inevitável, e os últimos instantes assumem a forma de uma viagem onírica. Durante esse percurso interior, criador e impulso criativo dialogam, revisitam o vício, atravessam o espelho e reencontramespectros de amizades, como Marcel Proust, Pablo Picasso, Erik Satie ou Édith Piaf. Esta é a história de um homem que utiliza o confinamento para repensar o caminho de enlevos deixado para trás, na tentativa de reconstruir o sentido de si próprio; um homem que, antes de regressar à sua “queda horizontal”, exalta, como nunca antes, a transcendência do espírito humano.

Cruzando as diversas linguagens de Jean Cocteau — teatro, cinema, desenho e poesia —, a encenação e o seu jogo metateatral sublinham a resistência ao próprio surrealismo das angústias humanas. Provocam a redescoberta de um espaço exíguo que, não podendo expandir-se lateralmente, se eleva em camadas graças ao voo do pensamento, alcançando a dimensão do sonho, onde ressoa “a música dos bandolins de Picasso”.

A partir da obra de Jean Cocteau
Concepção e Encenação Pedro Carvalho
Dramaturgia Samuel Pascoal
Interpretação Daniela Pêgo e Flávio Hamilton
Cenografia, figurinos a e cartaz Marta Silva
Música e sonoplastia Carlos Adolfo
Desenho de Luz, Vídeo e Operação Técnica André Rabaça
Apoio ao Movimento Ana Lígia Vieira
Montagem do Dispositivo Cénico José Lopes
Design Gráfico Tiago Dias
Apoio ao programa/Fundo Teatral Art'Imagem Micaela Barbosa
Produção Mariana Macedo
Direção Artística do Teatro Art’Imagem José Leitão

M/16 | 75M aprox.

Horários Temporada de Estreia
ESTREIA 4 DE DEZEMBRO ÀS 19H00
Temporada até 14 de Dezembro
Quarta e Quinta às 19h00
Sexta e Sábado às 21h30
Domingo e Segunda (Feriado, dia 8) às 16h00

*Sessão de domingo, dia 7 às 16h00, será com Interpretação em Língua Gestual Portuguesa

Reservas:
teatroartimagem@teatroartimagem.org
91 76 91 753 | 91 84 10 003
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