No número 176 da Rua da Prata, em Lisboa, a ZET, galeria de arte, volta a demonstrar que não é a localização que o artista escolhe para viver e criar que dita a qualidade do seu trabalho, mas a forma como a sua arte pode ser inspiradora e transformadora.

Sara Maia é mais um exemplo dessa visão que esteve na génese da criação deste novo espaço de visibilidade para artistas, que proporciona aos públicos a possibilidade de contacto com propostas de diferentes geografias e enquadramentos.

“Partindo dos exercícios do desenho e da pintura, Sara Maia é uma desconstrutora de estórias, criando composições em que se misturam tipologias de narrativas e de intenções. Simultaneamente, há uma referência histórica ou à estória de outrem com a sua visão política do mundo, num gesto que é sempre atento, livre, expressivo e mordaz. A figuração de Sara Maia percorre os limites do sarcástico, do erótico e do grotesco, mantendo as temáticas nas relações com a memória, os lugares, as viagens e as emoções mais profundas e recalcadas”, explica Helena Mendes Pereira, diretora-geral e curadora da ZET, galeria de arte.