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Exposição «4 Elementos», do ciclo «Cuidar de um País», iniciativa do Anozero Coimbra

O Convento São Francisco acolhe a segunda exposição do ciclo Cuidar de um País, promovida pela bienal Anozero, que apresenta quatro leituras distintas do território português — desde os solos alimentares de Lisboa, a evolução da linha costeira da Figueira da Foz, o ar em transformação pela descarbonização em Matosinhos e o impacto do incêndio de Pedrógão Grande.

13 Dez a 1 Mar 2026

Convento São Francisco
Av. da Guarda Inglesa 1a, 3040-193 Coimbra
Preço
Entrada livre
Estas perspetivas revelam novos modos de cuidado arquitetónico, refletindo sobre como o ambiente e a ação humana moldam o país.

Os organizadores da bienal Anozero — Câmara Municipal de Coimbra, Universidade de Coimbra (neste caso, em particular, o Departamento de Arquitetura, a Faculdade de Economia e o Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra) e Círculo de Artes Plásticas de Coimbra — inauguram, no próximo dia 13 de dezembro, sábado, às 17h00, a exposição «4 Elementos, com curadoria de Luís Santiago Baptista e Maria Rita Pais. Antes da abertura oficial, às 16h00, terá lugar uma conversa, no Café-Concerto do Convento São Francisco, entre os curadores da exposição, Luís Santiago Baptista e Maria Rita Pais, e os consultores científicos do ciclo Cuidar de um País, José António Bandeirinha e José Reis. A exposição estará patente até ao dia 1 de março, na Sala do Capítulo, no Convento São Francisco, e pode ser visitada todos os dias (com exceção de 24, 25 e 31 de dezembro de 2025 e 1 de janeiro de 2026), entre as 15h00 e as 20h00 (com a última entrada às 19h30).

Para os curadores de «4 Elementos, o ciclo «Cuidar de um País coloca desafios centrais à arquitetura portuguesa contemporânea: «A sua orientação prospetiva implica um cruzamento de investigação e projeto, uma conciliação entre a interrogação do que queremos cuidar e a afirmação do como o fazer.»

E desenvolvem esta ideia afirmando: «Portugal convoca hoje os arquitetos a pensar e a atuar num campo que vai do projeto à investigação, da curadoria ao ativismo, compreendendo abordagens disciplinares e interdisciplinares. Propomos os quatro elementos como focos das tarefas de cuidar de um país, expandindo a práxis a outras ações arquitetónicas para trabalhar o espaço e o território.»

Os quatro elementos clássicos — terra, água, ar e fogo — foram, ao longo da história, matrizes fundamentais de pensamento sobre o mundo e sobre as formas de habitar. Num presente marcado por urgências ecológicas, sociais e territoriais, estes elementos recuperam atualidade enquanto ferramentas conceptuais para repensar a arquitetura e o território. A exposição 4 Elementos convoca este enquadramento para refletir, através de quatro projetos distintos, nas problemáticas urgentes do país.

A TERRA é trabalhada por Mariana Sanchez Salvador, que desenvolve uma investigação cartográfica e um aprofundado trabalho de campo sobre as paisagens alimentares e os sistemas de produção agrícola da área metropolitana de Lisboa. A ÁGUA surge através da proposta de Miguel Figueira, centrada na reposição da deriva litoral na Figueira da Foz, através de um sistema fixo de bypass das areias retidas pelos molhes da barra do Mondego, contribuindo para a proteção costeira. O AR é explorado por Inês Moreira e Joana Rafael, que investigam, de forma performativa e curatorial, as políticas de descarbonização associadas ao encerramento e desmantelamento da Refinaria de Matosinhos. Por fim, o FOGO é abordado pela lente projetual dos coletivos trabalhar com os 99%/ateliermob, através da reconstrução de casas destruídas nos incêndios de Pedrógão Grande, propondo respostas arquitetónicas de proximidade à catástrofe ecológica e humana vivida na região.

A exposição organiza-se em dois momentos: um primeiro núcleo, entre a entrada e a antecâmara, onde são introduzidos os quatro projetos; e um segundo núcleo, na Sala do Capítulo, que apresenta de forma cronológica os processos de relação autoral e institucional com o território, através de uma estrutura cruciforme que reproduz o diagrama clássico dos quatro elementos. Quatro vídeos suspensos nos cantos da sala — um dedicado a cada elemento —, da autoria da equipa artística de Orlando Franco, Miguel Marquês e Oleksandr Lyashchenko, dialogam com as mesas organizadas pelos participantes. O dispositivo cruciforme reflete, de forma surpreendente, a própria distribuição geográfica dos quatro projetos expostos.

Para os curadores de «4 Elementos», o ciclo «Cuidar de um País» coloca desafios centrais à arquitetura portuguesa contemporânea: «A sua orientação prospetiva implica um cruzamento de investigação e projeto, uma conciliação entre a interrogação do que queremos cuidar e a afirmação do como o fazer.»

E desenvolvem esta ideia afirmando: «Portugal convoca hoje os arquitetos a pensar e a atuar num campo que vai do projeto à investigação, da curadoria ao ativismo, compreendendo abordagens disciplinares e interdisciplinares. Propomos os quatro elementos como focos das tarefas de cuidar de um país, expandindo a práxis a outras ações arquitetónicas para trabalhar o espaço e o território.

Cuidar de um País: origem do ciclo da bienal Anozero
Este é o segundo momento do ciclo «Cuidar de um País», dedicado ao território, à arquitetura e à arte, desenvolvido pelo CAPC e pela Câmara Municipal de Coimbra/Convento São Francisco em parceria com a Universidade de Coimbra — nomeadamente com o Departamento de Arquitetura, o Centro de Estudos Sociais e a Faculdade de Economia.

O ciclo tem origem na proposta apresentada pelo Atelier do Corvo enquanto representação oficial de Portugal na 18.ª Exposição Internacional de Arquitetura da Bienal de Veneza, sublinhando a necessidade de repensar o território português através de práticas de cuidado, proximidade e investigação crítica.

Carlos Antunes explica que a transformação da proposta numa iniciativa bienal surgiu quando «percebemos que o território era um tema que nos interessava trabalhar na cidade, com continuidade. Fazia sentido expandir o olhar e dar sequência à proposta inicial». E acrescenta: «A relação com o território — com as artes plásticas, com a arquitetura, com aquilo que construímos e destruímos — é absolutamente fundamental. E neste ciclo, essa relação é trabalhada de forma muito direta, crítica e sensível.»

«Todos os tempos se cruzarão», a primeira exposição do ciclo, com curadoria de Carlos Antunes e Désirée Pedro, decorreu na Sala da Cidade, entre 29 de dezembro de 2023 e 2 de março de 2024, e apresentou trabalhos de António Belém Lima, Anozero, Bartolomeu Costa Cabral, Colectivo Zás, Maria Manuela Oliveira, Nuno Valentim, Pedro Maurício Borges, Pedro Matos Gameiro, Pedro Domingos e Walk&Talk.

A Bienal Anozero é uma iniciativa da Câmara Municipal de Coimbra, da Universidade de Coimbra e do Círculo de Artes Plásticas de Coimbra, afirmando-se como um dos mais relevantes eventos internacionais de arte contemporânea realizados em Portugal.
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