Música
ALTER BRIDGE
Fenómenos do rock musculado, os ALTER BRIDGE vêm a Portugal apresentar a novidade "The Last Hero".

29 Out 2017 | 21h00
A The Last Hero Tour tem paragem marcada em Portugal no dia 29 de outubro e o Coliseu dos Recreios, em Lisboa, vai receber uma banda em estado de graça. Comandada por Myles Kennedy, famoso pela sua associação a Slash na aventura a solo do guitarrista dos Guns N' Roses, por esta altura o quarteto norte-americano – cuja formação fica completa com ¾ dos Creed – conta já com mais de uma década de carreira sólida. Um percurso constante, apoiado com solidez em canções construídas a partir de riffs e vocalizações fortes, alicerçadas em ganchos orelhudos, uma distorção musculada e solos e arranjos exuberantes, sem nunca descurar a dose de melodia necessária para manter o público atento.
Sem surpresas, é exatamente nessa fórmula testada com sucesso – os cinco álbuns que lançaram até ao momento entraram todos, sem exceção, na tabela de vendas nos Estados Unidos – que têm baseado o seu ouput criativo, espelhado em registos tão bem-sucedidos comercialmente como a estreia «One Day Remains», «Blackbird», «AB III» ou «Fortress» – de 2004, 2007, 2010 e 2013, respetivamente – e, já em 2016, «The Last Hero». Editado no dia 7 de Outubro do ano passado, o quinto álbum dos ALTER BRIDGE mostrou o quarteto oriundo de Orlando, na Florida – formado por Myles Kennedy (voz e guitarra), Mark Tremonti (guitarra e voz), Brian Marshall (baixo) e Scott Phillips (bateria) –, a elevar de forma muito inteligente os seus níveis de excelência. Usando como fonte de inspiração o “heroísmo intemporal”, as 13 canções de «The Last Hero» transformaram-se numa espécie de missão de conquista pessoal para os quatro músicos e, no final, o resultado é, a todos os níveis, avassalador.
Não havia, de resto, grande volta a dar – “Os heróis fazem força para nos destacarmos. A sua vontade, coragem e sacrifício podem trazer o melhor do mundo ao seu redor”, explica o poético press-release que acompanha de «The Last Hero». Composto na ressaca do pico criativo atingido com o seu lançamento anterior – «Fortress» trepou de imediato ao #12 no Top 200 da Billboard e vendeu mais de 30,000 cópias só na semana em que foi posto à venda, tendo sido elogiado de forma unânime por parte da crítica –, Kennedy e companhia só podiam mesmo almejar ainda um pouco mais. Depois das pontuações máximas em revistas como a Total Guitar e a KERRANG!, das tours esgotadas na Europa e nos Estados Unidos, das aparições no VH1 e até na capa da Classic Rock, quando chegou de novo a hora de escrever, os ALTER BRIDGE não tiveram outra alternativa senão fazer ainda mais e melhor e, verdade seja dita, não deixaram créditos por mãos alheias.
1ª PARTE :: AS LIONS

Com a muito aplaudida estreia «Selfish Age» na bagagem, os AS LIONS -- liderados por Austin Dickinson, filho do ilustre Bruce Dickinson, vocalista dos Iron Maiden, vão fazer as honras da abertura do concerto dos norte-americanos ALTER BRIDGE.
Tendo liderado os Rise To Remain até há dois anos, a dada altura Austin decidiu voltar à estaca zero e deixar de vez para trás o metalcore que dominou o percurso do grupo londrino durante quase uma década. Para tal, criou os AS LIONS que, após um muito bem recebido EP e uma rota do outro lado do Atlântico ao lado dos Five Finger Death Punch, Shinedown e SIXX:A.M. como parte integrante de uma das package tours mais badaladas do final de 2016, lançaram – no início deste ano – o álbum de estreia, «Selfish Age».
Recuperando três quintos da última formação dos Rise To Remain – Dickinson na voz, Will Homer e Conor O' Keefe nas guitarras – a banda fica hoje completa com a sessão rítmica composta pelo baixista Stefan Whiting e pelo baterista Dave Fee e, apesar de adotar uma sonoridade assumidamente contemporânea, acaba por revelar uma paleta de influências muito mais vasta do que discos como «Bridges Will Burn» ou «City Of Vultures» poderiam fazer crer à partida. Com menos enfoque nos leads e nos breakdowns, temas como «The Great Escape» «Aftermath» ou «World On Fire» apresentam uma versão musculada do rock moderno, apoiado em canções alicerçadas em riffs balançados, melodias pegajosas, ocasionais toques eletrónicos, arranjos cinemáticos e refrões orelhudos.
29 outubro | Coliseu Lisboa
Os bilhetes para o concerto custam 32€ (plateia em pé) e 35€ (camarotes), à venda nos locais habituais.
Locais de venda: Bilheteira Online, Coliseu Lisboa, FNAC, MASQUETICKET Espanha
Os Alter Bridge vão ficar para sempre conhecidos como a banda que ressuscitou a equipa criativa por trás do enorme sucesso dos Creed. Após a dissolução da banda de «My Own Prison» e «With Arms Wide Open» em 2004, o guitarrista Mark Tremonti e o baterista Scott Phillips foram repescar o baixista Brian Marshall para o seu novo grupo e, contando com a ajuda do prodígio ex-Mayfield Four, Myles Kennedy, os Alter Bridge – cuja designação faz referência a uma ponte na cidade natal de Tremonti – assinou a sua estreia discográfica com selo da Wind-Up Records, que disponibilizou «One Day Remains» no dia 10 de Agosto de 2004. Composto maioritariamente pelo guitarrista da banda, o álbum mostrou-os a inclinarem-se mais para o rock duro que para a estética pós-grunge da sua banda anterior e, depois de terem andado pelo mundo numa digressão de apoio ao álbum, decidem deixar a Wind-Up para assinarem com a substancialmente mais poderosa Republic, uma subsidiária do gigantesco conglomerado Universal.
Foi já com uma estrutura mais pujante por trás que, no final de 2007, lançaram «Blackbird», um álbum que, ao invés da estreia, contou com muito mais participação de Myles Kennedy a nível da composição. Em 2009, com o trio base a braços com a reunião dos Creed para uma digressão de despedida, o grupo decidiu fazer então uma pausa. O vocalista/guitarrista, por seu lado, juntou-se à banda que acompanha o icónico Slash a solo, conhecida a partir de então como Myles Kennedy & The Conspirators, e começou a trabalhar também num hipotético álbum a solo. Os Alter Bridge não passaram, no entanto, muito tempo separados e, logo em 2010, lançaram o terceiro álbum, com o apropriado título «AB III». A tour subsequente daria origem, dois anos depois, a «Live at Wembley: European Tour 2011» e, sem grande vontade de parar, os músicos voltam a entrar em estúdio para gravar o quarto longa-duração. O aclamado «Fortress», um álbum mais focado que qualquer coisa que tivessem gravado até então, foi disponibilizado a 30 de Setembro de 2013 e recebeu reações positivas unânimes, por parte da imprensa e do público. Em 2016, quebrando um silêncio de três anos, foi lançado o muito esperado quinto registo, «The Last Hero», que inclui o single «Show Me a Leader».
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