Exposições2
"Gardens" de Luís Silveirinha
Exposição de desenhos, a guache preto sobre papel.

6 Jan a 27 Jan 2018
O prazer da vida
Deveria basear-se na conceção do universo
Como um jardim
Zheng Banqiao (séc. XVIII)
Rosario Assunto em Otologia e Teleologia del Jardin, escreve que “ O jardim é um espaço absolutamente diferente dos espaços que o nosso quotidiano consome consumindo-se neles. Não é apenas algo exterior, é ao contrário, e Rilke, disse-nos isso da melhor forma possível, um espaço em que a interioridade se transforma em mundo, e onde o mundo se interioriza. Um espaço em que sentimento e pensamento se objetivam individualizando como lugar, do mesmo modo que eles, subjetivando o espaço e identificando-se com ele, fizeram-se eles mesmo lugar.”
Jakdo Bohme (séc. XVII) referia que “O paraíso está ainda na Terra mas os seres humanos já não sabem vê-lo”.
Estes desenhos, a guache preto sobre papel, constroem formas, baias, ilhas, hortas, jardins, tapetes, onde se quer encontrar a “fragância circular da brisa” e onde se mistura e impregna ocidente e oriente numa conceção que representa o “irregular e vivo” e quer permanecer frente à anima mundi.
Serão formas de “jardins onde nos sentimos seguros”? (From gardens where we feel secure) citando Virginia Asthley, mas querem que a nossa memória e experiencia encontre neles os sons, as sensações de uma previsibilidade que fazem parte dessa coluna vertebral do nosso desenvolvimento.
Teremos nós capacidades para voltar a ver os pequenos paraísos?
Esgravatar a alma, celebrando uma veneração pela natureza, mas a natureza como um espaço cuidado e organizado pelo homem, um nicho do seu pensamento sobre um espaço de tranquilidade.
Estará vivo o jardim enquanto processo e imagem de uma cultura? O que se guarda dele? Que postais queremos como referência?
Mario Satz em Pequeños Paraísos, el espíritu de los jardines diz “trate-se ou não de uma amável expressão de nostálgia (…) do claustro religioso que guarda o silêncio de Deus nas suas pedras, é certo que jamais renunciaremos a imitar nos nossos jardins – pequenos paraísos – as condições longínquas, sublimes e quase sempre impossíveis de encontrar”.
Rosario Assunto, Ontologia y Teleologia del jardin, Madrid, Tecnos 1991
Mario Satz, Pequeños paraísos – El espíritu de los jardines, Madrid, Acantilado, 2017
Luis Silveirinha
(Campo Maior, 1968)
2003/2007 - Pintura – Ar . Co – Centro de Ar te e Comunicação Visual
Exposições Individuais
2017- ARQUIVO – Museu do Dinheiro, (texto de João Silvério) Lisboa
2016 - IMPULSAO, Galeria Alecrim 50, Lisboa.
2015 - AREIA, Museu da Eletricidade, Fundação da EDP – sala cinzeiro 8 (curadoria João Pinharanda) - lisboa
2014 - PANDORA, Museu Geológico de Lisboa - Lisboa
2013 - O TEATRO, Galeria Alecrim 50, (texto de Vanessa Rato) Lisboa
2013 - O Jardim do Éden: O inventário (parte 1) – Quase Galeria – Curadoria Maria de Fátima Lambert- Porto
2011 - “Danger, Danger!” – Galeria Alecrim 50 – Curadoria de Maria De Aires Silveira - Lisboa
2011 - “Blackwater” – Projeto de desenho no Drop d Contemporary Space – Lisboa
2011 - “Acidente” – Museu Nogueira da Silva (texto de Valter Hugo Mãe) - Braga
2010 - Desenhos, no âmbito do projeto In between projects, Galeria Reflexus Arte Contemporânea/Nuno Centeno, Porto.
2009 - O rasto Invisível da pausa, Galeria Alecrim 50, curadoria de João Pinharanda, Lisboa
1995 - Pinturas, Sala El Brocense, Cáceres, Espanha.
Exposições Coletivas
Participou em inúmeras coletivas na Galeria Alecrim 50 – Lisboa, destacam-se ainda:
2017 - Apropriação, Desejo e Memória (curadoria Jaime Silva) – S.N.B.A – Lisboa
2017 - Ponderosa – Galeria Alecrim 50 - Lisboa
2017 - Apropriação, Desejo e Memória (curadoria Jaime Silva) – Bienal Internacional de Vila Nova de Cerveira – Vila Nova de Cerveira
2017 - TUDO O RESTO – Pavilhão 31 – Hospital Júlio de Matos - Lisboa
2016 - PORTUGAL EM FLAGRANTE I - Fundação Calouste Gulbenkian - lisboa
2016 - Lisboa Mal Dita - Espaço Produções Cul.pa - Lisboa
2016 - Feira de arte - Just Mad - Madrid
2015 - Selecionado para o 10º Prémio Amadeo de Souza-Cardoso – Museu Amadeo de Souza-Cardoso - Amarante.
2015 - Dar milho aos pombos - Espaço Produções CUL.PA - Lisboa
2015 - desenha para Contos de cães e maus lobos de Valter Hugo Mãe.
2014 - Cidadela Art District – Cascais.
2013 - Ch.aco – feira de arte - Chile
2012 -Traços, pontos e linhas - desenhos da coleção António Cachola - Museu de Arte Contemporânea de Elvas/Coleção António Cachola - Elvas
2012 - (chamo silêncio à linguagem que já não é órgão de nada) – Quase Galeria/Espaço T - Porto
2011 - Selecionado para o 8º Premio Amadeo de Souza-Cardoso – Amarante.
2010 - Feira de Arte de Lisboa – Pavilhão do Rio, Galeria Alecrim 50, Lisboa.
2009 - Iniciativa X, Galeria ArteContempo, Lisboa. Feira de Arte de Lisboa, Fil, Galeria Alecrim 50, Lisboa.
2008 - Exposição de Bolseiros e Finalistas 07 do Ar.Co, Projecto A, Espaço Tranquilidade -- Lisboa. Enunciados, Espaço Avenida, Lisboa.
2007 - Exposição de Verão, Galeria Graça Brandão, Lisboa. Open Studio - Exposição de Outono, Ar.Co, Quinta de S. Miguel, Almada. Pavilhão 24 A - Exposição de Finalistas e Bolseiros do Ar.Co 06, Hospital Júlio de Matos, Lisboa.
2005 - 7 na Pintura, Igreja de S.Miguel, Monsaraz. Exposição de Verão, Ar.Co, Quinta de S.Miguel, Almada.
2004 - Exposição de Verão, Ar.Co, Quinta de S.Miguel, Almada.
1993 - Prémio de Pintura no V Prémio de Pintura para Jóvenes, Sala El Brocense, Cáceres, Espanha.
1993 - IV Prémio de Pintura para Jóvenes, sala El Brocense, Cáceres, Espanha.
1990 - EIAM - Bienal Ibérica de Arte Moderna, Cáceres/Campo Maior/Badajoz - Curadoria de João Pinharanda e Félix Guisasola.
1987 - I Mostra de Artes e Ideias, Clube Português de Artes e Ideias, Fórum Picoas, Lisboa.
COLEÇÕES
Museu do Dinheiro - Banco de Portugal - Lisboa
Fundação EDP - Lisboa
Biblioteca Fundação Calouste Gulbenkian - Lisboa.
Coleção de Arte Contemporânea António Cachola – Elvas.
La Peau d’Ours - Montreal – Canada.
LIVROS DE ARTISTA
2016 - GRANDE ATLAS MUNDIAL - (Coleção Fundação Calouste Gulbenkian), lisboa.
2016 - Deuses e Demónios - lisboa
2015/2016 - EXÔDO – (Coleção Fundação Calouste Gulbenkian), lisboa.
2015 - AS MARAVILHAS – Fundação EDP, Lisboa
2012 - O NAVIO É UMA CASA - Lisboa
2011 - AS MEMÓRIAS DO RAPAZ COM GANCHO – Lisboa (Coleção Fundação Calouste Gulbenkian)
2011 - DEAR DARKNESS – Lisboa (Coleção particular)
2011 - APNEIA – Porto. (Coleção particular)
2010 - ASSIM, ASSIM, ASSIM – Porto (Coleção particular)
GALERIA DIFERENÇA
3ª>6ª 14h-19h
sábado 15h-20h
gdiferenca@gmail.com
diferencagaleria.blogspot.com