Política de Cooperação

7161 caracteres de reflexão pessoal, por Fernando Marques da Costa

O presente texto faz uma reflexão sobre as relações de Portugal com os países em desenvolvimento iniciadas pelos acordos de independência. Divide-se, assim, em reflexões sobre as matrizes – ou a ausência de matrizes claras – do relacionamento com os novos países; reflexões sobre os afetos e a retórica dos afetos, que não é acompanhada de um esforço na cooperação; reflexões sobre os reformismos e a obsessão com estes na definição de políticas de cooperação; reflexões sobre as modas das matrizes de políticas de relacionamento internacional com os países em vias de desenvolvimento; uma reflexão sobre as debilidades portuguesas no acompanhamento das modas internacionais de cooperação; e, finalmente, sobre os caminhos a seguir em que se propõe uma alternativa à tendência reformista, que se prende pela articulação dos agentes existentes, pela clarificação dos papéis individuais de cada um desses agentes e pela definição rigorosa das prioridades de utilização dos recursos do Estado.