Segurança e Defesa

A gestão de crises, por Pedro Catarino

O sistema de gestão de crises da NATO foi desenvolvido para cobrir todo o espectro de situações de conflito e instabilidade internacionais, necessidades particulares e crises mais graves no contexto das relações internacionais. Assim, apesar de a Aliança nunca ter enfrentado uma crise que ameaçasse diretamente a área da NATO, esta tem lidado com períodos de instabilidade e insegurança. Diversos conflitos nacionais e supranacionais ao longo do século XX terão exigido uma avaliação da política de defesa da Aliança, assim como uma revisão da amplitude da sua agência. Apontando alguns exemplos destes conflitos – como aqueles envolvendo a União Soviética, a Checoslováquia, Polónia e outros – que, mesmo não implicando uma ameaça direta à integridade e interesses vitais dos membros da Aliança requerem uma reação por parte desta, o presente artigo foca-se nos processos de decisão que envolvem primeiramente os 16 países soberanos que constituem a NATO. Assim, de forma independente aos motivos e objetivos iniciais da Aliança (o de proteção e segurança dos seus membros), é tido que são antes os governos da Aliança que determinarão, em última instância, o nível de gravidade e agência – ou ausência dela – que a Aliança deve exercer.

Descarregar artigo
Data
1986-09-21
OBS
CATARINO, Pedro. "A gestão de crises". Estratégia - Revista de Estudos Internacionais: Lisboa. IEEI. ISSN . Nº 2 (1986). P. 167-184 págs.
Dimensão do suporte
17 págs.
Idioma
Português