Política Mediterrânea

A Sul, pouco de novo, por Tobias Schumacher

Se o ano de 2006 foi um ano muito difícil no Sul do Mediterrâneo e no Médio Oriente, 2007 não promete ser muito melhor. Apesar de começar a surgir resistência interna, dentro das sociedades civis e no seio de movimentos islâmicos, e a comunidade internacional ocidental começar a abordar progressivamente estes movimentos islâmicos não violentos no sentido de uma gradual construção de confiança, os regimes autoritários também têm adaptado as suas estratégias para lidar com a oposição interna. Estas têm-se caracterizado ou pela inserção controlada na cena política, como em Marrocos ou na Jordânia, ou pela repressão, como na Tunísia ou na Síria. Uma vez que os regimes estão fortemente agarrados ao poder e enquanto continuarem a ser vistos pelo Ocidente como parceiros na luta contra o terrorismo, é muito provável que essas estratégias continuem durante 2007 e que as sociedades do Sul do Mediterrâneo e do Médio Oriente continuem a ser traídas pelos seus líderes.