Relações com EUA

Europa do Sul: relações com os EUA e factores de integração, por Álvaro Vasconcelos

“Região sul” é uma expressão que tem vindo a ser vulgarizada pelos especialistas e por responsáveis da Aliança Atlântica para definir uma zona que, por enquanto, se caracteriza mais pela diversidade do que pela homogeneidade. Sob essa designação são geralmente reunidos quatro países do Mediterrâneo – a Turquia, a Grécia, a Itália e a Espanha – e o Portugal atlântico. Do ponto de vista institucional a região sul não tem consistência, pois não existe a coordenação multilateral, nem no quadro NATO (a Espanha e a França não fazem parte da estrutura militar), nem ainda no da Comunidade Europeia, de que aliás a Turquia não faz parte, que lhe daria essa dimensão institucional por ora ausente. Tomando como ponto de partida esta premissa, o presente artigo reflete sobre os vários fatores, tanto políticos como estratégicos, que justificam a utilização do termo “região sul” – excludentes de Itália e França – quando se quer enfatizar o seu carácter periférico e menos desenvolvido. Entre estas apontam-se a sua heterogeneidade, fragmentação, vulnerabilidade económica e fatores geoestratégicos. A colmatação desta fragmentação pode passar, aponta-se, pela reafirmação das relações bilaterais entre os Estados Unidos e a região sul, que poderá vir a permitir uma melhor integração dos países da Europa do sul na Aliança Atlântica.

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Data
1988-09-21
OBS
VASCONCELOS, Álvaro. "Europa do Sul: relações com os EUA e factores de integração". Estratégia - Revista de Estudos Internacionais: Lisboa. IEEI. Nº 5 (1988). P. 9-24 págs.
Dimensão do suporte
14 págs.
Idioma
Português