Adesão à Europa e Política Europeia

Identidades Histórico-culturais, Fronteiras e Futuro da UE, por João Paulo Avelãs Nunes

Baseando-se, embora, em realidades sociais globais anteriores, os processos de estruturação das identidades histórico-culturais de âmbito nacional são algo recente e artificial. Derivam, pois, não da evolução “natural e inevitável” dos povos, mas da atuação deliberada e sistemática dos Estados e/ou de elites das “sociedades civis”. Até ao pós-Segunda Guerra Mundial e ao surgimento de regimes democráticos estas identidades histórico-culturais eram construídas em oposição ao “outro” e de forma a legitimar a existência de Estados-nação e países colonizadores, bem como dinâmicas de poder. Desde 1945 nos países democráticos tem-se assistido a uma evolução no sentido do reduzir o grau de instrumentalização ideológica. Desta análise se conclui, por um lado, que tanto as pessoas como as sociedades são influenciados por vários universos identitários e de memória e, por outro lado, concordando-se com esta interpretação, recusa-se o estabelecimento de vínculos causais irreversíveis entre identidades histórico-culturais e “fronteiras absolutas” de natureza social (“interna”) ou político-diplomática (“externa”).

Descarregar artigo
Data
2007-06-25
OBS
NUNES, João Paulo Avelãs - "Identidades Histórico-culturais, Fronteiras e Futuro da UE". II Congresso Nacional Portugal e o Futuro da Europa. Lisboa: IEEI. 2007. págs.
Dimensão do suporte
2 págs.
Idioma
Português