Ordem Internacional e Multilateralismo
Imprensa independente: ao serviço da sociedade civil, por Fernando Balthazar de Lima
Meia dúzia de semanários e o mesmo número de rádios representam hoje a imprensa independente de Angola. O trabalho é uma luta diária em que “falta tudo”, lamentam-se os jornalistas. Mas, pelo menos, há menos repressão estatal. O drama de circulação é extensivo aos semanários que têm concentrado as suas vendas na capital – afinal urbe onde vive um terço da população do país. As reportagens são poucas, há algumas notícias. Abundam sim as crónicas, as colunas de análise e opinião, o mujimbo social. Há um olhar sempre atento sobre a Europa e sobre Portugal. Será provavelmente a politização exacerbada das publicações independentes que exaspera as autoridades angolanas. Mas até o governo parece agora adotar uma atitude mais conciliatória. O presente texto apresenta assim um breve estado da arte da imprensa e da repressão política (e outra) desta em Angola.