Ordem Internacional e Multilateralismo

O lugar da ONU, por Francisco Seixas da Costa

Depois do 11 de setembro as Nações Unidas reagiram na medida certa e assumiram as suas responsabilidades sem hesitações, mas no confuso cenário que se está a desenhar para o futuro do Afeganistão não deverá ser a ONU a “ficar com a criança nos braços”. De facto, é dito, apesar de ONU poder e dever desempenhar um papel relevante no futuro do Afeganistão, esse papel tem de ser medido em função de uma situação de pós-conflito cujas resultantes políticas, económicas e sociais têm uma dimensão que manifestamente ultrapassa os meios ao seu dispor. A responsabilidade da comunidade internacional e dos parceiros da coligação tem de projetar-se para além do termo do conflito e, nesse cenário, a ONU deve comportar-se como mandatária da vontade comum a definir nos seus órgãos próprios.