Ordem Internacional e Multilateralismo
Políticas de Promoção da Inovação, por Ruy Martins Altenfelder Silva
Partindo da premissa de que a superação das deficiências competitivas brasileiras não pode prescindir da constituição de grupos empresariais brasileiros de porte mundial – sem os quais o desenvolvimento tecnológico, a criação de novos produtos e a criação de atividades e empresas de alta qualificação é impossível – o presente artigo dá conta das tensões do caso brasileiro cuja indústria tem, por uma lado, que encarar a pressão competitiva das economias líderes da inovação tecnológica e, por outro, a pressão dos preços dos commodities e dos produtos de baixo conteúdo tecnológico exercida pelos países que adotaram taxas de câmbio subvalorizados, salários baixos e custos subsidiados. Esta vulnerabilidade, é dito, deve ser colmatada com a coordenação entre a inserção da indústria e a redução dos custos sistémicos que prejudicam as empresas brasileiras.