Adesão à Europa e Política Europeia

Uma Europa que não se feche sobre si mesma, por Guilherme d’Oliveira Martins

Inserido num contexto de incerteza e hesitação no futuro europeus, o presente artigo serve como asserção da abertura do projeto europeu. A Europa, é argumentado, não pode ser vista como um espaço limitado de países ou de instituições, já que as questões da Comunidade Europeia correspondem apenas a um capítulo da problemática do velho continente, e muito menos pode ser encarada como uma fortaleza inexpugnável e paternalista. De crucial relevância são as relações atlânticas e com a América Latina. É, assim, proposta uma ideia moderna de democracia, assente na abertura, no diálogo, no multilateralismo e nas políticas de cooperação. Há, neste contexto, que aproveitar ao máximo o intercâmbio e a complementaridade de experiências políticas, culturais ou económicas, já que a batalha do desenvolvimento social e cultural está intimamente ligada à batalha da democracia e dos direitos fundamentais. O pós-Maastricht na Comunidade, o pós-1989 no velho continente exigem uma reavaliação da orientação europeia para lá da união monetária.

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Data
1993-10-21
OBS
MARTINS. Guilherme d'Oliveira. "Uma Europa que não se feche sobre si mesma" Estratégia - Revista de Estudos Internacionais: Lisboa. IEEI. Nº 10-11 (1993-1994). P. 87-92 págs.
Dimensão do suporte
7 págs.
Idioma
Português