Adesão à Europa e Política Europeia

Uma força europeia, para quê?, por Álvaro Vasconcelos

A guerra do Líbano, envolvendo três vizinhos da União Europeia com quem ela procura constituir uma área de democracia e paz, veio colocar de forma brutal a questão da violência, da sua legitimidade, das normas e regras do seu emprego. Estamos a falar do uso da força envolvendo entidades que fazem parte daquela que é provavelmente a mais ambiciosa política externa da União – a que desenvolve em relação aos países da sua periferia sul, com quem, no quadro do processo de Barcelona e da nova política de vizinhança, procura constituir uma área integrada, baseada na experiência dos alargamentos. Uma intervenção europeia, com forças militares, no sul do Líbano exige da União uma condenação inequívoca da violência ilegítima e uma definição muito clara de objetivos. Caso contrário, a União poderá estar a envolver-se numa estratégia que não é a sua e perder o capital de simpatia e atracão de que goza na região.

Descarregar artigo
Data
desconhecido
OBS
VASCONCELOS, Álvaro de - "Uma força europeia, para quê?". Lisboa: IEEI, s.d. págs.
Dimensão do suporte
3 págs.
Idioma
Português