"É de Cultura como instrumento para a felicidade, como arma para o civismo, como via para o entendimento dos povos que vos quero falar"

Ambiente e Natureza

Reserva de Biosfera do Gerês

Tipo de Património
Ambiente e Natureza
Proprietário/Instituições responsáveis
Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, I. P.
Descrição

O Parque Nacional da Peneda-Gerês é formado pelas serras de Peneda, Soajo, Amarela, Gerês e Barroso, as quais se encontram na fronteira entre Portugal e Espanha. Foi criado pelo Decreto-Lei nº 187/71, de 8 de Maio, e cobre uma área com cerca de 72.000 ha., estendendo-se por uma vasta zona rural, integrando cerca de 114 povoados, assim como grandes zonas naturais.

A sua riqueza ambiental é considerada ímpar em Portugal; geologicamente dominam as formações de granitos (com mais de 290 milhões de anos) mas, também aí se encontram vastas formações de xistos.

Nesta serras já existiram o urso castanho (extinto no séc. XVII) e a cabra do Gerês (extinta em 1890). O homem montanhês utiliza a boa raça bovina do Barrosão, possante animal de trabalho e produtor de carne, protegido pelo Parque; igualmente importante é a raça de cão pastor de Castro Laboreiro.

Relativamente à ocupação pré-histórica desta região, os vestígios mais antigos remontam à cultura megalítica, cerca de 5.000 a.C., com monumentos funerários como dólmens e cistas; vestígios do Neolítico e do início da Idade do Bronze são os menhires e as rochas gravadas.

Foi muito intensa a ocupação dos pontos altos na Idade do Bronze e do Ferro: Castros de Calcedónia, Outeiro do Castro, Castelo e Ermida, ocupados por povos que se dedicavam à agricultura e ao pastoreio. Com os Romanos deu-se um incremento da economia e um aumento das trocas comerciais, encontrando-se diversos vestígios desta época: pontes, vias e numerosos marcos miliários. A romanização foi a base da cultura e da economia desta região e a Igreja continuou a obra de povoamento e fomento da economia. Alguns burgos surgiram a partir de mosteiros e conventos cristãos como, por exemplo, Pitões das Júnias. Outros povoados desapareceram e deles apenas restam alguns vestígios que atestam a intensa ocupação do território: alguns castelos medievais - Castro Laboreiro e Lindoso - velhas pontes, calçadas, cruzeiros, casas rurais, etc.. Continua a subsistir a vida comunitária nesta região, o que é atestado por espigueiros, fornos, moinhos, entre outros, que ainda hoje funcionam.

O Parque Nacional executou um levantamento e valorização do património cultural, promovendo a recuperação de casas antigas. Estabeleceu, igualmente, diversos protocolos com várias instituições: Câmaras Municipais, Universidades, entre outras, assim como foram feitos vários roteiros e criados Centros de Informação em vários locais.

Flora predominante

Nas zonas mais elevadas, acima dos 900 m, onde chove e neva com frequência e abundância, encontram-se espécies de formações alpinas: zimbro, musgo "Minurtia recurva, var. juressi" e "Armeria caespitosa"; também existem bosques de vidoeiro ou pinheiros, carvalho-negral e grupos de "Pinus Sylvestris" e alguns teixos.
Nas encostas, com influência atlântica, dominam os carvalhais de carvalho-roble ou carvalho do Minho, e o azevinho, formando matas de porte arbóreo.
Existe igualmente, com exuberância, vegetação mediterrânica nas encostas mais abrigadas e quentes: sobreiro, medronheiro, azereiro ou loureiro português e espécies europeias como os fetos "Woodwardia radicans" e "Osmunda regalis" e um arbusto raro em Portugal - o arando.

Flora ameaçada
O lírio do Gerês já é raro.
Fauna predominante

Nesta região encontra-se a maior quantidade de espécies mamíferas do país, assim como de aves de rapina. Das aves destacam-se a águia-real, a águia calçada, a águia de asa redonda, o açor, o milhafre, o peneireiro ou falcão de dorso malhado e algumas rapinas noturnas, como o bufo-real, a coruja-dos-matos e o mocho-de-orelhas pequenas.
Dos mamíferos do Parque constam o cavalo selvagem, o veado, o gamo, o corso, o lobo, o javali, a raposa, a lontra, o toirão, o texugo e a gineta. Algumas espécies domésticas foram adaptadas pelo homem a estas difíceis condições climáticas e geográficas, como por exemplo, os cavalos serranos, que vivem em estado selvagem.
Outras espécies da fauna existem aqui em abundância: a víbora, a cobra-d'água, a cobra-de-focinho-alto, a cobra-d'água-viperina e o lagarto-de-água (répteis), assim como a quioglossa, a salamandra, o tritão alaranjado, o tritão palmado, o tritão verde, a rã castanha, a rã verde, o sapo parteiro e o sapo comum (anfíbios).
Dos animais domésticos salientam-se o boi de raça barrosã e o cão de Castro Laboreiro.

Animação

Existem diversos pontos de interesse a visitar neste Parque:
CASTRO LABOREIRO - Castelo, casas de granito, trajes femininos;
SOAJO - A aldeia, as casas das "brandas", os trajes em dia de romaria e os espigueiros;
LINDOSO - Conjunto de espigueiros, o castelo, as casas e o gado;
PITÕES DAS JÚNIAS - A aldeia, os monumentos e as instalações comunitárias;
TOURÉM - A aldeia, as casas de grande interesse arquitetónico e as instalações comunitárias.
O Parque oferece também visitas guiadas para escolas e públicos especiais.
Podem ser feitos percursos individuais em trilhos assinalados.

Fonte de informação
CNC / Patrimatic
Data de atualização
16/10/2020
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