Situado em Congonhas, o Santuário do Senhor Bom Jesus de Matosinhos é visitado anualmente por turistas do mundo inteiro. Considerado o maior complexo de arte colonial do Brasil, a sua construção começou em 1757 e foi mandada edificar por Feliciano Mendes pela promessa feita ao Bom Jesus de Matosinhos após recuperar a saúde que havia perdido. As obras terminaram em 1790, tendo participado na sua construção os maiores artistas da época. Destacam-se as Imagens dos Sete Passos da Paixão em cedro pintadas pelo Mestre Ataíde (ajudande de António Francisco Lisboa) nas 6 capelas com as cenas da Paixão de Cristo que se encontram na praça em frente ao Santuário. A principal será a Capela da Última Ceia onde os convivas, talhados em cedro, rodeiam uma mesa redonda presidida por Jesus Cristo pintado em tons de azul ladeado por dois belíssimos apóstolos, São João e São Pedro, como se pode ver na fotografia:

Mais tarde, nos últimos anos do séc. XVIII e primeiros do séc. XIX, o português António Francisco Lisboa, mais conhecido pela sua alcunha de "O Aleijadinho", esculpiu em pedra sabão os doze profetas e o exuberante portal da igreja que encima a imponente escadaria do Santuário de Bom Jesus de Matosinhos. António Francisco Lisboa (1730-1814) foi o maior escultor de arte sacra das Américas. Nasceu, viveu e morreu na região mineira de Congonhas e este conjunto é considerado o seu melhor trabalho, embora em todas as outras cidades de Minas Gerais se exibam trabalhos seus, incluindo aquela onde repousam os seus restos mortais em Ouro Preto.